quinta-feira, 11 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Por Walfran Valentim
A violência empregada pelos marginais intrigam, além, dos familiares das vítimas, os
mais experientes policiais da Secretaria Estadual de Defesa Social e da Segurança Pública. Os crimes mais revoltantes são cometidos em todos os períodos, como seus autores não levando em consideração, se os mesmo sejam planejados, até, em plena luz do dia.
Os homens que comandam a alta cúpula da segurança, já admitem em mais de uma grupo de extermínio, que estão em plena atividade no Estado. Os assassinatos são praticados com requintes de perversidade e crueldade. As vítimas, em sua maioria são executadas com tiros a curta distância e, armas de grosso calibre.
Na mais recente declaração do delegado Elias Nobre de Almeida Neto, diretor Geral da Polícia Civil (Degepol), não deixou dúvidas quanto a essa existência de executores frios, calculistas, e extremamente perversos. Passados dez dias e, os agentes do 6º Distrito Policial do conjunto Pajuçara não tem a identificação dos criminosos que algemaram, mataram e desovaram os quatro corpos de adolescentes nas Dunas do Gramorezinho, local alvo de muitas vítimas de grupos de extermínio.
Os mortos, geralmente, tem pés e mãos amarrados ou algemados, são posicionados de joelho, e de costas, sendo baleados a altura da nuca. A audácia dos matadores é tamanha, que após as execuções acionam à polícia através do Centro Integrado de Operações Policiais da Segurança Pública (CIOSP).
Para piorar as investigações dos policiais civis, sempre que ocorrem crimes com essas características a lei do silêncio impera nos locais. Ninguém sabe, ninguém ouviu nada. Os trabalhos investigativos dificilmente são concluídos, e seus autores, identificados ou presos. Os familiares, recebem a vazia informação de que seus parentes mortos faziam parte de alguma gangue, ou tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Muito pouco para consolar quem perdeu um ente querido.
A chacina do Gramorezinho, que ficou conhecida ocorrida na madrugada da quinta-feira (18), é o espelho da insegurança que passa o norte-rio-grandense. Dos quatro homens mortos com idades entre 25 e 30 anos. Os policiais militares encontraram várias cápsulas de pistolas espalhadas próximos aos cadáveres. Todas foram recolhidas pelos peritos do Instituto Técnico-Centífico de Polícia (ITEP), para perícia. O laudo sai dentro de 30 dias.
QUEM PAGA?
Quando os criminosos não encontram seus alvos familiares destes pagam com ferimentos graves ou com as vidas. No bairro da Redinha, litoral urbano de Natal, dois homens em uma moto preta, de modelo e placa não anotadas chegaram a uma das residências da Rua Capibaride, a procura de um adolescente que teria envolvimento com a morte de um oponente ocorrida na primeira quinzena do mês de janeiro.
O pai do procurado disse, apenas, para a dupla que seu filho não se encontrava. O dois motoqueiros acionaram suas armas e atingiram as duas pernas do cidadão, como uma resposta por não ter encontrado seu alvo.
Após dispararem fugiram tomando destino ignorado. O ferido foi levado a um pronto socorro de Natal, submetido a cirurgia e liberado após permanecer alguns dias em observação médica. O seu filho continua correndo risco de morte, pois os atiradores prometeram retornar para o "tradicional" acerto de contas.
Continuando com os acertos de contas, a polícia ainda não sabe a identidade dos dois homens encapuzados, e vestidos com fardas militares, responsáveis pela invasão e execução do adolescente Arion Bruno Alves, de 15 anos de idade. A vítima foi alvejada várias vezes quando se encontrava em sua residência na Travessa Iaia, bairro Novo Horizonte, antiga Favela do Japão.
Além de matar o adolescente, os dois homens encapuzados dispararam também contra o pai e um irmão de Arion. De acordo com a polícia, os criminosos disseram que eram agentes do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (DENARC), que tem a frente o competente delegado Odilon Teodósio.
Ainda de acordo com as investigações, que estão sendo acompanhadas pelos policiais do 7º Distrito Policial do bairro das Quintas, os matadores exigiram do pai de Arion, o autônomo Jucemberg da Silva, a importância de R$ 4 mil.
Na resposta negativa, Jucemberg foi atingido por um disparo. Já o irmão da vítima fatal, outro adolescente de 17 anos, foi alvejado por dois balaços. A dona-de-casa Jacqueline Inácio Alves, mãe de Arion do adolescente de 17 anos e mulher de Jucemberg pressenciou todo o massacre. Após os disparos, os dois homens se mandaram sem deixar nenhuma pista.
A polícia levanta a vida pregressa dos baleados. Procurado pela reportagem do Alto Notícias (AN), os agentes do distrito preferiram não adiantar detalhes, visando não atrapalhar as investigações. Os feridos continuam sendo observados pelos plantonistas do pronto socorro do Hospital Walfredo Gurgel.
Walfran Valentim é jornalista, e reporter policial e esportivo, prestando serviços a vários veículos de comunicação, como rádio, jornal.
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