BRASIL
MPF pede a condenação da Unimed em 23 cidades do país
Empresa exigia exclusividade dos médicos conveniados
O representante do Ministério Público Federal (MPF) no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), procurador regional Luiz Augusto Santos Lima, emitiu parecer em 23 processos pedindo a condenação da Unimed por prática anticoncorrencial.
Segundo as investigações realizadas pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), a Unimed traria em seus regimentos proibição dos médicos associados atenderem por outro convênio.
O estudo de mercado relevante comprovou que a empresa tem expressiva participação no setor de serviços médicos, tendo na cidade de Patos de Minas, por exemplo, mais de 66% dos médicos atuantes como seus filiados.
Para o MPF, a intenção da Unimed, ao impor a exclusividade na prestação de serviços médicos de seus associados, tem a intenção de dificultar o crescimento e até mesmo o estabelecimento de outras operadoras nas regiões em que atua.
“A Unimed deve ser condenada, já que o CADE possui jurisprudência consolidada que considera a simples existência de cláusula estatutária exigindo exclusividade uma prova suficiente de prática anticoncorrencial”, explicou o procurador regional. Os processos aguardam o julgamento pelo plenário do CADE.
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