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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

 POLÍCIA 


Crime da Mega-Sena: Filha de milionário afirma que viúva matou seu pai

Testemunha confirma que era amante de Adriana Almeida

Rio - No segundo dia de julgamento dos quatro acusados do assassinato do milionário Renné Senna, o depoimento da filha da vítima foi o mais longo e comentado no Fórum de Rio Bonito. A herdeira disse não ter dúvidas de que foi a viúva, Adriana Almeida, quem matou seu pai. “Ela só queria o dinheiro do meu pai”, disse Renata, durante o interrogatório que durou três horas e meia.
Antes de Renata, foram ouvidas duas testemunhas. Robson Andrade Oliveira reafirmou que mantinha relacionamento com a viúva até poucos dias antes da morte de Renné. Já o administrador da fazenda do milionário, Roberto Ramalho, contou que foi demitido por Adriana e intimidado por seguranças. Cinco irmãos de Renné estão acompanhando a audiência.
Ramalho também confirmou que a viúva impedia Renné de receber visitas ou encontrar parentes. Ele contou que foi dispensado por Adriana, ex-cabeleireira.
Durante o depoimento, Renata foi enfática ao dizer que o pai não considerava a viúva Adriana Almeida como esposa. “Adriana não era esposa dele. Meu pai ainda gostava da minha mãe”, disse.
O advogado de Adriana, Jackson da Costa Rodrigues, por diversas vezes tentou fazer que Renata caísse em contradição. Fez cerca de 50 perguntas à herdeira. Um dos pontos mais questionados foi se Renné tinha dúvidas sobre a paternidade de Renata. Após a morte do milionário, um exame de DNA chegou a ser solicitado pela defesa de Adriana. O teste deu positivo, provando que o milionário era pai da jovem.
A juíza Roberta Braga afirmou que a fase de debates deve começar nesta quarta-feira, quando defesa e acusação devem começar a confrontar argumentos e questionar versões. A magistrada prevê que o veredicto saia de madrugada.
Adriana ri durante interrogatório da herdeira
Durante o interrogatório de Renata, Adriana ficou impaciente algumas vezes. Em outras, como quando a herdeira disse que ela não cuidava de seu pai, a viúva riu. Os outros réus, Janaína Oliveira, Ronaldo Amaral e Marco Antônio Vicente, conversaram entre si, mas não se dirigiram a Adriana.
A melhor amiga da viúva, cujo nome não foi divulgado, foi impedida de assistir ao julgamento. No primeiro dia, uma jurada disse à juíza Roberta Braga que ela tentou se comunicar com o júri. “Uma senhora sentou ao meu lado e disse que estava em corrente de oração pela Adriana. A jurada achou que eu tentava falar com o júri”, disse a amiga.

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