RETROSPECTIVA ESPORTIVO
As maiores decepções do ano
Corinthians fora da Libertadores
Apesar do trauma pela perda do título brasileiro na última rodada, o Corinthians começou o ano confiante na conquista da sua primeira Copa Libertadores. Mas apresentou um futebol horrível – com a desculpa de não ter tempo para treinar – e foi eliminado em fevereiro, na fase pré-Libertadores, pelo Deportes Tolima, da Colômbia, após empate em zero a zero, no Pacaembu e derrota por 2 a 0 em Ibagué. Foi a última partida de Ronaldo como jogador profissional. Roberto Carlos também deixou o time rumo à Rússia.
Palmeiras de Felipão
O torcedor palmeirense iniciou o ano cheio de esperanças. O técnico Luís Felipe Scolari prometia repetir as boas campanhas da passagem anterior pela equipe e contava com ídolos como Marcos, Valdívia e Kléber. Mas a temporada foi desastrosa.
Teve brigas internas, eliminações traumáticas e nenhum título. Kléber brigou dentro e fora do time, e foi afastado; Marcos e Valdívia não saíram do departamento médico, a diretoria não soube que rumo tomar e também brigou internamente, e a torcida teve de se contentar com uma equipe medíocre, que suou para não cair no Brasileiro.
Seleção Feminina de Vôlei
A equipe comandada por José Roberto Guimarães fecha 2011 de forma preocupante. Apesar do título do Pan de Guadalajara – conquistado após vitória suada por 3 sets a 2 sobre Cuba –, o vexatório 5º lugar no Mundial do Japão, em novembro, ligou o sinal de alerta.
Jogando um vôlei irreconhecível, as brasileiras perderam o primeiro lugar no ranking da FIVB para os Estados Unidos e ainda não conseguiram vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, onde sonham com o bicampeonato.
Felipe Massa
O piloto teve o seu pior ano na Ferrari e passou a ser fortemente criticado até pelo chefe. Apesar de ter completado sua 100ª corrida na Ferrari no GP Brasil, em Interlagos, Massa não teve motivo para celebrar em 2011.
Seus melhores resultados foram quintos lugares em cinco GPs, e ainda viu seu companheiro de equipe Fernando Alonso brigar pelo título e ganhar afagos da equipe. A temporada foi marcada por seus acidentes e discussões com o inglês Lewis Hamilton, da McLaren. Seu contrato termina em 2012.
Parceria Larri Passos/Thomaz Bellucci
No início do ano, o técnico Larri Passos passou a treinar o paulista Thomaz Bellucci, número 1 do tênis brasileiro, e pretendia repetir o sucesso que obteve ao lado de Gustavo Kuerten, durante mais de 15 anos.
Mas, em 338 dias, a dupla passou longe de conseguir bons resultados: foram 25 torneios, com 25 vitórias e 25 derrotas. Bellucci já esteve no 21º posto do ranking da ATP, mas despencou para o 38º. A parceria foi desfeita.
Argentina e Messi na Copa América
O cenário parecia perfeito para que a Argentina conseguisse uma grande triunfo: jogava a Copa América em casa, comandada pelo melhor jogador do mundo, Lionel Messi. Mas mais uma vez Messi e toda a equipe não suportaram a pressão e, com campanha idêntica à do Brasil – três empates, uma derrota e uma eliminação nos pênaltis nas quartas –, foram desclassificados sob vaias da torcida.
Messi não marcou sequer um gol - mesmo retrospecto que teve no Mundial da África do Sul, em 2010. O Uruguai foi campeão, comandado por Suárez e Forlán, e agora tem 15 títulos continentais contra 14 da Argentina.
Seleção Brasileira
O técnico Mano Menezes e seus comandados tinham a oportunidade de recuperar o prestígio com os torcedores, após o fiasco na Copa de 2010. E 2011 foi mais um ano para se esquecer: eliminação nas quartas da Copa América contra a fraca equipe do Paraguai – com desperdício de quatro pênaltis –, derrotas e fraco futebol apresentado contra as tradicionais equipes mundiais aumentaram a desconfiança em relação à equipe.
O retorno de Ian Thorpe
O nadador australiano anunciou sua volta às piscinas após cinco anos, de olho na classificação para a Olimpíada de Londres. Seu desempenho no Mundial do Japão foi pouco animador – seu melhor resultado foi um sétimo lugar nos 100m medley – e Thorpe admitiu estar muito longe da velha forma. O australiano despontou ao conquistar três medalhas de ouro nos Jogos de Sidney 2000, com 18 anos. Nos Jogos de Atenas, quatro anos depois, levou mais dois ouros.
Uniforme da seleção brasileira
Não é só o futebol apresentado pela seleção que não empolgou os torcedores: em 2011 a camisa também sofreu críticas. Lançada em 31 de janeiro pela fornecedora americana Nike, o uniforme tem uma faixa verde na altura peito, que não foi bem aceita pela torcida. Assim como a seleção, a camisa também encalhou em 2011.
Fabiana Murer no Pan
O ano não foi de todo ruim para a saltadora Fabiana Murer - uma das grandes esperanças de ouro para o Brasil nos Jogos de Londres – mas ela fracassou nos Jogos Pan-Americanos. A atleta do salto com vara iniciou o ano com a conquista da medalha de ouro no Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, batendo a recordista mundial e campeã olímpica Yelena Isinbayeva. Mas no Pan de Guadalajara deixou escapar um dos ouros mais esperados, ao perder para a cubana Yarisley Silva, numa das maiores zebras da competição. A brasileira terminou com a prata.
River é rebaixado na Argentina
Maior campeão argentino e um dos clubes mais importantes da América do Sul, o River Plate viveu no dia 26 de junho de 2011 o capítulo mais triste de seus 110 anos. Após anos de campanhas sofríveis a equipe teve de disputar uma repescagem diante do pequeno Belgrano. Na partida de ida, em Córdoba, vitória da equipe local por 2 a 0; na volta, o torcedor do River lotou o Monumental de Nuñez, mas o empate em 1 a 1 não adiantou e o time teve de disputar a segunda divisão no meio do ano. O River ainda desperdiçou um pênalti na partida e houve muita confusão e protestos após a jogo, que terminou com mais de 60 pessoas feridas.
Falcão treinador
Maior ídolo da história do Internacional, o ex-jogador e ex-comentarista Paulo Roberto Falcão assumiu o Inter em 11 de abril, prometendo títulos e futebol alegre e envolvente, semelhante ao do Barcelona. O título estadual até veio, mas Falcão não conseguiu dar forma à equipe e após a surpreendente eliminação para o Peñarol na Libertadores, e seguidas derrotas no Brasileiro, o treinador foi demitido. Em pouco mais de três meses, o saldo foi de cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
Clubes mineiros no Brasileirão
Com a volta do América, Minas passou a ter três representantes na Série A , o que não ocorria havia dez anos. Mas todos brigaram na parte inferior da tabela: o América foi rebaixado e o Cruzeiro se salvou na última partida, justamente no clássico contra o Atlético, que terminou uma posição à frente do rival.
Nessa última partida, os atleticanos sofreram uma histórica goleada por 6 a 1, em que os torcedores e até o presidente Alexandre Kalil protestaram contra a falta de comprometimento dos atletas. Ambas as equipes ficaram fora da Copa Sul-Americana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário