CURIOSIDADE
As segundas-feiras são mesmo tão ruins?
“Sabe do que eu gosto em relação às segundas? Nada“. É bem provável que você também pense dessa forma. Tem até quem sinta uma vontadezinha de chorar quando o despertador toca e a semana útil está ali, dando um tapa na sua cara. A gente se acostumou a odiá-las, mas as segundas-feiras são mesmo tão ruins? A resposta é sim. E, ao mesmo tempo, não.
De fato, certas coisas ruins tendem a acontecer mais nas segundas-feiras. O mercado de ações, por exemplo, rende menos, diz um estudo das universidades de Chicago e da Pensilvânia (EUA) — supostamente, porque o otimismo dos investidores diminui durante o fim de semana. O número de suicídios aumenta, especialmente entre as pessoas de meia-idade, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia (EUA).
E presta atenção nessa: os serviços de atendimento telefônico que dão informações sobre DSTs recebem um número maior de ligações, segundo pesquisadores da Universidade de Maastricht (Holanda) — o pessoal fica especialmente preocupado em ter contraído alguma coisa durante o fim de semana.
Mas o trânsito, ao contrário do que muita gente acha, é mais tranquilo nas segundas (e nas sextas) do que nas terças, quartas e quintas. Quem diz é o pesquisador britânico Tim Harford — e o palpite dele é que são esses os dias em que as pessoas escolhem faltar no trabalho.
E o nosso humor? Ele não sofre tanto quanto a gente acha com o início da semana. No livro Stumbling on Happiness (no Brasil, O que nos faz felizes), o autor Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard (EUA), explica que, assim como superestimamos o quão felizes vamos nos sentir no dia do nosso aniversário, subestimamos nossa felicidade nas manhãs de segunda.
Ou seja, você sempre acha que vai acordar querendo morrer — e continua achando, por costume —, mesmo que a realidade nunca seja tão ruim.
No fim das contas, a culpa é toda nossa. Um estudo da Universidade de Sidney (Austrália) aponta que gostamos de prever nosso humor para cada dia da semana — mas não somos bons nisso.
Não gostamos das segundas-feiras porque nos prendemos à ideia de como achamos que vamos nos sentir na segunda-feira, e não em como realmente nos sentimos.
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