BRASIL
Sindicato determina fim da greve nas universidades federais
Paralisação termina até o final da semana, diz Andes. Segundo governo, greve já terminou em 37 das 59 universidades e em todos os 38 institutos federais
Local onde ficará o prédio principal do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Obra que deveria ter sido entregue em 2010 está prevista apenas para 2015. - Lecticia Maggi
O comando nacional de greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) decidiu na noite deste domingo pelo fim da greve nas universidades federais, a mais longa da história do ensino superior no Brasil, com duração de 123 dias. Por meio de um comunicado, o sindicato determinou a "suspensão unificada da greve nacional dos docentes das instituições federais de ensino no período entre 17 e 21 de setembro" – ou seja, a paralisação deve terminar até o final da semana em todas as universidades do país.
Tema em foco: Crise nas universidades federais
Levantamento do governo federal aponta que a greve já foi encerrada em 37 universidades e em todos os institutos de educação, ciência e tecnologia. Já o Andes afirma que as aulas foram retomadas em apenas 13 instituições. O próprio sindicato, no entanto, não esclarece a situação de 18 unidades. No auge da greve, a paralisação atingiu 57 das 59 universidades e também 34 dos 38 institutos federais.
Com a decisão de suspender a greve, o principal sindicato dos professores de ensino superior desiste de pedir a reabertura das negociações com os ministérios do Planejamento e da Educação, que declararam ter encerrado as conversas em 3 de agosto, quando foi assinado um acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), entidade que o Andes afirma representar uma pequena parcela de docentes.
A proposta de reajuste salarial feita aos professores foi incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA), enciada no final de agosto ao Congesso Nacional. A oferta feita aos docentes é de aumento entre 25% e 45% ao longo dos próximos três anos e redução de 17 para 13 nos níveis de carreira – ao todo, o reajuste custará 4,2 bilhões de reais aos cofres públicos.
A proposta de reajuste salarial feita aos professores foi incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA), enciada no final de agosto ao Congesso Nacional. A oferta feita aos docentes é de aumento entre 25% e 45% ao longo dos próximos três anos e redução de 17 para 13 nos níveis de carreira – ao todo, o reajuste custará 4,2 bilhões de reais aos cofres públicos.
Na nota publicada neste domingo, o Andes declara ainda o encerramento das atividades do comando de greve, mas ressalta que "foram estabelecidas várias ações para a continuidade da mobilização da categoria no enfrentamento dos ataques à educação pública federal que estão materializados no PL 4368/12 (o projeto de lei com reajustes salariais e mudanças propostas na carreira)".
Leia a nota do Andes na íntegra:
CNG Informa
O CNG/ANDES - SN, após criteriosa avaliação do quadro das assembléias gerais, encaminha a suspensão unificada da greve nacional dos docentes das Instituições Federais de Ensino no período entre 17 e 21 de setembro e comunica o respectivo encerramento das atividades deste comando no dia de hoje. Foram estabelecidas várias ações para a continuidade da mobilização da categoria no enfrentamento dos ataques à educação pública federal que estão materializados no PL 4368/12. Seguimos fortes na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho. A luta é forte, a luta é agora!!!
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