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Cadillac Limousine é adaptado para dar luxo a cortejos fúnebres em Natal
Cadillac Funeral Car, adaptado exclusivamente para cortejos fúnebres (Foto: Pedro Ferreira)
Muita gente sonha em usufruir do conforto de um Cadillac Limousine. Em
três cidades do Nordeste, o luxo já é possível. Basta pagar. Mas, só
depois de morto. Uma empresa do ramo funerário está disponibilizando,
para a capital potiguar, João Pessoa e também Recife, um último passeio a bordo de um luxuoso Cadillac SRX 2008, adaptado
exclusivamente para os cortejos fúnebres.
Em Natal, o veículo fez sua
estreia nesta quarta-feira (26). Para a despedida em grande estilo, a
família do morto pagou R$ 1 mil.
A marca Cadillac, conhecida mundialmente pela imponência, conforto e
potência, já foi utilizada nos funerais do ex-presidente Itamar Franco e
do ex-vice-presidente José Alencar, transportados no raríssimo Cadillac
Fleetwood Hearse 1974. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi um Cadillac
1964 que levou o corpo do ex-presidente John F. Kennedy ao cemitério.
Adaptado do modelo Cadillac SRX 2008, o Funeral Car que circula em Natal
é o único com esta configuração no mundo. É o que garante o fabricante.
“E nós somos a primeira empresa funerária brasileira a oferecer o
serviço com o Cadillac Limousine. Agora, este luxo não é mais privilégio
de presidentes ou celebridades do mundo artístico”, garantiu Mauro
Nogueira, diretor executivo do grupo funerário.
Revestimento interno tem bancos de couro
(Foto: Pedro Ferreira)
(Foto: Pedro Ferreira)
O veículo foi customizado por uma empresa do Paraná, especializada na
transformação de automóveis. O Cadillac chama a atenção por onde passa.
São quase sete metros de comprimento, que mantêm as características
originais. O motor 3.6 V6 AWD, com câmbio automático tiptronic, tem
potência de 255 cavalos e garante uma velocidade de até 201 km/h,
evoluindo de 0 a 100 km em 8 segundos.
Para a empresa funerária, a aquisição do Cadillac acompanha a tendência
do seguimento, que vem apostando no mercado de luxo. Para combinar com o
estilo do carro, o motorista se veste a caráter, com uniforme autêntico
de chofer. “O único trabalho é limpar, mas dirigir é um lazer. Fiquei
muito feliz em ser escolhido para guiar esta máquina. É uma maravilha”,
comemorou o motorista José Evanaldo da Silva Júnior.
Sobre o que pensa em ter de transportar corpos, José Evanaldo disse que
é um momento de muita tristeza. E que já teve muitos pesadelos com
isso. "Mas eu já me acostumei", garantiu.
Iluminação em LED nas cores azul e branca representam o céu e a eternidade
(Foto: Pedro Ferreira) -Telas de LCD e LED nas cores azul e branca
(Foto: Pedro Ferreira) -Telas de LCD e LED nas cores azul e branca
O Cadillac Funeral Car possui cinco telas de LCD para a transmissão de
mensagens de conforto à família, além de ar-condicionado, revestimento
interno e bancadas em couro ecológico.
O compartimento que acomoda a urna é automatizado. Possui acabamentos
em aço inox e detalhes em madeira com rádica vitrificada e iluminação em
LED nas cores azul e branca, representando o céu e a eternidade.
Das carruagens aos carros de luxo
Simples ou luxuosos, os carros funerários são uma evolução das
carruagens antigas que serviam para conduzir o corpo até o cemitério.
Desde a invenção do automóvel, no final do século XIX, diversos veículos
já foram adaptados para esta finalidade.
Os carros funerários eram puxados por cavalos até a primeira década do
século XX, época em que surgiram os primeiros carros funerários
motorizados. Não se sabe ao certo a data exata do início de seu uso, mas
cogita-se que foi entre os anos de 1901 e 1907.
O primeiro carro funerário foi criado nos Estados Unidos pelo
proprietário de uma casa funerária. O H. D. Ludlow, era movido a motor
elétrico e possuía um chassi de ônibus. O motor à combustão foi
introduzido em 1909, quando a empresa Crane and Breed Company tornou-se a
primeira fabricante oficial de carros funerários.
Desde então, muitos modelos de carros luxuosos foram adaptados ou
produzidos para esse fim. Entre os principais estão: Chrysler, Lincoln,
Jaguar, Mercedez-Benz, Volvo e Rolls Royce.
Veículo possui sete metros de comprimento e mantém características originais (Foto: Pedro Ferreira)
G1RN
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