BRASIL
Transparência estimula participação social no combate à corrupção, diz documento
Os líderes e as autoridades reunidas na 15ª Conferência
Internacional Anticorrupção finalizaram o encontro com a aprovação da
Declaração de Brasília, cujo teor se fundamenta no combate à impunidade e
em práticas cotidianas transparentes de instâncias públicas e
governamentais.
De acordo com o texto da declaração, o impacto da transparência deve
ser percebido em diversos níveis da sociedade, estimulando a população a
unir forças no combate à corrupção, principal ponto de discussão da
conferência que começou na quarta-feira (7) e terminou hoje (10). A
conferência, que foi aberta pela presidenta Dilma Rousseff, teve cerca de 1,9 mil participantes, de mais de 140 países, segundo a organização.
A impunidade foi citada como um risco para a sociedade. Para combater
esse fator, foi proposta a promoção do engajamento da população em
iniciativas contra a corrupção. "Se a impunidade não for combatida,
corre-se o risco de que o tecido social, a supremacia da lei, a fé na
política e a nossa esperança por justiça social sejam dissolvidas", diz o
texto.
Depois de diversos debates ao longo dos dias da conferência e uma
plenária em que foram debatidos os pontos principais da declaração, o
texto foi aprovado pelos representantes de diversos países presentes no
evento. No encontro, tratou-se de temas como soluções globais para a
corrupção, mobilização da sociedade, ferramentas online de combate à corrupção, impunidade, crime organizado e transparência.
Para tal, enfatizou-se a necessidade da atuação da imprensa de forma
livre, do acesso irrestrito à internet e de outros caminhos de
informação ao público que facilitem a luta contra a corrupção. Ainda
foram citadas, na declaração, a necessidade da ampla participação de
jovens e mulheres, afetados "desproporcionalmente pela corrupção",
segundo o texto.
A Conferência Internacional Anticorrupção é considerada o evento
mais importante sobre o tema, reunindo chefes de Estado, representantes
de governos e da sociedade civil. O debate ocorre em um país diferente a
cada dois anos, promovido pela organização não governamental (ONG)
Transparência Internacional. Em 2010, a conferência foi em Bangcoc, na
Tailândia.
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