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domingo, 4 de novembro de 2012

ESTADO

Estudantes perdem Enem em Natal por causa de acidente entre veículos

Estudantes que se sentiram prejudicados protestaram na Av. Eng. Roberto Freire (Foto: Ricardo Araújo/G1) Uma colisão entre três veículos provocou um longo engarrafamento na Avenida Engenheiro Roberto Freire, zona Sul de Natal, duas horas antes do início da aplicação das provas do Enem neste sábado (3). 

Os estudantes que seguiam em direção a três pontos de prova ao longo da avenida tiveram que descer dos ônibus e automóveis e seguir correndo para seus respectivos locais de provas. Muitos deles, porém, não conseguiram chegar na hora marcada e perderam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Em uma única universidade particular cedida para o Ministério da Educação, pelo menos 150 candidatos foram excluídos do Exame.

De acordo com o estudante Washington Bezerra, de 25 anos, a colisão entre os veículos provocou um longo e demorado engarrafamento. "Nós ficamos mais de uma hora presos no trânsito. Meus amigos e eu saímos correndo, para não perder a prova. Mas não deu tempo. É frustrante", afirmou o candidato que faria a prova no prédio de uma universidade privada. Este seria o quarto Enem de Washington que iria concorrer a uma vaga na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para o curso de Medicina.

Poucos metros adiante, um grupo de aproximadamente 150 alunos pressionava os seguranças de outra universidade particular a liberarem a entrada. Todos eles se atrasaram em decorrência da batida entre os carros. "É um absurdo. A gente se prepara o ano inteiro, sonha em entrar na universidade e acontece isso. Eu saí de casa cedo, moro do outro lado da cidade e fiz de tudo para chegar na hora e aconteceu o acidente", lamentou o candidato Jackson Henrique, de 20 anos. 

Os policiais militares que fazem a segurança das provas e dos locais de realização pediram reforço. Três viaturas e um grupo do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram encaminhado ao local.
Diante do número de estudantes prejudicados, a organização do Enem no estabelecimento permitiu que uma comissão de candidatos entrasse no prédio para discutir a questão. Entretanto, a conversa foi mediada pela major da Polícia Militar, Tereza Biorgio. "A organização nem veio falar com a gente. É um descaso total", afirmou Jackson Henrique que fez parte da comissão. Aos estudantes, a major orientou que eles procurassem seus direitos junto aos órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Justiça. "Infelizmente, eles perderam as provas", asseverou a militar.

Indignados, os estudantes saíram em passeata e fecharam um dos trechos da avenida que é uma das mais movimentadas de Natal. O candidato Jackson Henrique afirmou que eles irão formar uma comissão para entrar com uma ação conjunta na Justiça pedindo o cancelamento do Exame em Natal. Os organizadores do Enem na capital potiguar não quiseram comentar o caso.

Os estudantes reclamaram que, além do horário da aplicação das provas no Nordeste seguir o horário de verão, a organização do Enem não leva em consideração o local de moradia dos candidatos. "Eu moro do outro lado da cidade, na zona Norte. Me colocaram para fazer prova na zona Sul. A organização deveria mapear os colégios mais próximos das residências dos candidatos e distribuir melhor", sugeriu o estudante Washington Bezerra.

Em outro local de provas em Natal, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pelo menos 50 pessoas também perderam as provas, somente no Setor de Aulas II. 

A UFRN tem cinco setores de aulas. Muitos alunos reclamaram da demora na espera pelo transporte público e nos pontos de engarrafamento nas principais vias da cidade. "A gente chegou antes do horário da prova e fomos mal informados. Fomos para o Setor III quando nossas provas eram no Setor II", disseram Jeferson Yuri e Jéssica Caroline. Ambos realizariam o Enem pela primeira vez.

G1RN

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