ESTADO
Militares brasileiros embarcam de Natal para Missão de Paz no Haiti
Militares embarcaram de Natal para Missão no haiti neste domingo (Foto: Fred Carvalho/G1)
Noventa e sete homens e uma mulher do Exército brasileiro embarcaram da
Base Aérea de Natal na manhã deste domingo (4) com destino a Porto
Príncipe, no Haiti. Eles compõem o 17º contigente do Brasil no 1º
Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT 1). O país lidera o braço
militar da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti
(Minustah).
O 17º contigente é formado por 652 militares de vários Batalhões
espalhados pelo país. Desse total, 199 são de unidades sediadas no Rio
Grande do Norte. "Essa é a maior tropa de homens que trabalham no Rio
Grande do Norte. O Exército faz um revezamento de regiões e chegou a
hora desse estado dar a sua contribuição maior", falou o coronel Armando
Ribeiro Rocha, chefe da comunicação social do 17º contigente. Outros
militares potiguares já integraram a Minustah em anos anteriores.
Segundo o coronel Ribeiro Rocha, o Comando Militar do Nordeste, por
intermédio da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Natal, foi
responsável por montar o batalhão. "Portanto a maioria dos militares são
da região Nordeste, com maior efetivo de Natal, João Pessoa, Bayuex,
Fortaleza e Teresina. Entretanto, existem militares de todas as regiões
do país".
Tenente Araújo, potiguar que embarcou para o Haiti neste domingo (Foto: Fred Carvalho/G1)
Um potiguar que vai pela primeira vez ao Haiti é o tenente Arnauld
Araújo, que trabalha no 7ª Batalhão de Engenharia de Combate (BEC), em
Natal. "É uma honra muito grande representar meu país e o meu estado
nessa Missão de Paz, que busca manter a ordem e ajudar na recuperação
daquele país", disse. A função do tenente Araújo no Haiti será de manter
programas de geração de energia elétrica, purificação de água e coleta
de lixo em Porto Príncipe, capital haitiana.
Enquanto a maioria desses 652 militares vai pela primeira vez ao Haiti,
o major Leriche Albuquerque está indo pela terceira vez à Minustah.
"Fui em 2008 e em 2010. Agora estou indo novamente e sempre uma missão é
diferente da outra. Em 2008, a nossa função era mais de estabilizar o
país. Em 2010, fui auxiliar o Haiti após o terremoto. E agora, vou para
continuar a missão brasileira para tentar levar o progresso ao Haiti",
falou o cearense que trabalha 16º Batalhão de Infantaria Motorizada, em
Natal.
Os 98 militares deixaram a Base Aérea de Natal no final da manhã em um
Boeing 737 da Força Aérea Brasileira (FAB). O voo fará escala em Manaus e
nesta segunda-feira (5) os militares seguirão para Porto Príncipe.
Os homens e mulhres que integram esse contigente iniciaram o
treinamento em agosto passado em cada Organização Militar polo. Em Natal
o 16º Batalhão de Infantaria Motorizada foi a organização polo com os
199 militares locais. Nas últimas duas semanas, todo o efetivo do BRABAT
1 se reuniu em Natal para realizar exercícios simulados, com situações
que deverão encontrar no Haiti.
"Todos os integrantes são voluntários e passam por rigoroso processo de
seleção físico e psicológico. Além do soldo que recebe no Brasil a ONU
paga um salário. A previsão é de duração da missão é de seis meses,
podendo ser prorrogada", concluiu o coronel Ribeiro Rocha.
G1RN
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