ESTADO
Ney: “Rosalba é candidata à reeleição e PMDB não indicaria candidato contra ela”
O ex-deputado federal Ney Lopes de Souza (DEM) minimizou o desgaste
da gestão Rosalba Ciarlini (DEM) e confirmou que a governadora é
“candidata declarada” à reeleição em 2014. Ele minimizou as declarações
de aliados peemedebistas como o ministro da Previdência, Garibaldi
Filho, que na semana passada anunciou que o PMDB irá discutir se
permanece ou não aliado do DEM em 2014, e ainda a possibilidade de o
PMDB lançar candidato próprio.
“Rosalba é candidata declarada à reeleição e o PMDB não faria isso
(lançar candidatura contra ela). O que o PMDB está desejando é um
diálogo para decidir os rumos de 2014. E não se confunde isso com
rompimento”, afirmou Ney, considerando que a candidatura do ministro
Garibaldi a governador, aventada durante encontro do PMDB na semana
passada, não passaria de uma sinalização de necessidade de diálogo com
vistas a 2014.
“Isso é o óbvio ululante. A candidatura (de Rosalba) está lançada há
muito tempo”, atirou Ney, salientando que o desgaste do governo é
“momentâneo” e “eventual”, advindo da crise financeira. “Com uma
melhoria das finanças, com aporte de recursos federais, isso vai
melhorar. O que desgasta o governo são a corrupção e malversação e isso
não tem no governo Rosalba, que enfrenta dificuldade por conta da
herança que recebeu e por causa do agravamento da crise econômica no
mundo todo, inclusive no Brasil”.
Segundo ele, “não há governo que perca R$ 200 milhões de Fundo de
Participação dos Estados (FPE) para não enfrentar crise. E Rosalba
perdeu R$ 280 milhões”. O parlamentar lamentou que a expectativa de
obras não tenha sido cumprida por falta de recursos. E quanto a Rosalba
ser candidata com tamanho desgaste, ele afirmou que caberá a ela
decidir. “Ela é que vai avaliar, não vejo razão para ela não ser”.
“O que acho é que chegou a hora de um entendimento de alto nível das
lideranças que apoiam Rosalba. É um governo que não tem se caracterizado
por escândalos; que tem se caracterizado por carências. Porque recebeu
uma herança muito onerosa”, completou Ney Lopes de Souza. “O que se
espera para 2013 é que todos sentem à mesa para encontrar uma estratégia
de governabilidade que esteja ao alcance do Tesouro do RN. Não adianta
explodir expectativas. Adianta planejar e ver o que é possível realizar e
fazer dentro das limitações de um governo que sofre queda do FPE e que é
onerado com uma folha de pagamento altíssima, herdada do governo
anterior, com dificuldades evidentes que não foram construídas por
Rosalba, mas que ela herdou”, declarou o democrata.
INSATISFAÇÃO
A insatisfação com o governo do DEM, revelada pelo PMDB, na visão de
Ney, sinaliza mais a necessidade de uma discussão entre os aliados, do
que para uma possibilidade real de rompimento. “PMDB e partidos aliados
querem discutir as eleições de 2014 e, para tanto, requereram sentar com
o governo. Acho que tanto o PMDB quanto os demais partidos que apoiam o
governo estão querendo apenas definir espaços”, afirmou o democrata.
Ney Lopes considera natural a exposição feita por lideranças
peemedebistas. “A campanha de 2014 já começou e é natural haver
discussão”, disse Ney. Segundo o ex-deputado, é praxe da vida política
brasileira terminar uma eleição e já iniciar a outra. “Infelizmente o
Brasil tem essa desgraça. Todo período administrativo é de expectativa
de uma nova eleição. PMDB e DEM, e outros partidos que apoiam o governo,
estão querendo definir 2014, assim como a oposição. E isso se define
com metas, compromissos, espaços”, completou o ex-deputado.
Rompimento
O ex-deputado Ney Lopes de Souza declarou ainda que o rompimento do
PMDB com o DEM não está na pauta de discussão do governo. Ele defende,
contudo, que estaria na hora da tomada de posição por parte dos partidos
aliados. “Em primeiro lugar, não sei qual o tamanho do PMDB no governo
Rosalba. Porque tem compromissos e ações que a gente não conhece. Acho
que (o espaço ocupado) é expressivo. Em segundo lugar, o PMDB é muito
importante. É um partido que cresce. Tem ministro, presidente da Câmara,
e tem importância fundamental para compor o arco político. É natural
que se discuta”, observou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário