NATAL
Paulinho: “Não podemos fazer festa se nós não temos o que comemorar”
A situação em Natal pode até não estar fácil, com lixo e buracos para
todos os lados, a saúde pública em dificuldade, salários atrasados…
Contudo, quando chega o final do ano, a expectativa é que as ruas
estejam enfeitadas e a população possa assistir a shows de qualidade.
Certo? Errado.
Precisando conter gastos e “enxugar” as despesas, o novo
prefeito de Natal, Paulinho Freire, do PP, revelou que não pretende
gastar dinheiro público com os tradicionais enfeites natalinos. Festas,
só se houver patrocínio integral da iniciativa privada.
A afirmação foi feita em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM. Paulinho
Freire, que assumiu a Prefeitura após o afastamento de Micarla por
decisão da Justiça (por envolvimento no esquema de corrupção denunciado
na Operação Assepsia), vê como prioridade limpar a cidade e pagar
salários. Por isso, contrair novos gastos agora seria uma “falta de
sensibilidade do gestor. Nós não podemos fazer despesa”, ressaltou.
Dessa forma, Paulinho Freire deu uma ideia de como deve ser o período
natalino na Capital Potiguar. “Já existe a árvore lá, nós vamos
acender. O que tiver do Natal passado, nós vamos fazer. Agora como é que
eu posso gastar no Natal, no Réveillon, se eu não estou com a limpeza
funcionando, se a saúde tem problemas, se a educação tem problema. Acho
que é uma questão de sensibilidade. Nós não podemos fazer festa se nós
não temos o que comemorar. Natal, infelizmente, não tem o que comemorar.
Nós temos que ter prudência e fazer o que nós já temos”, explicou.
Sobre os shows de final de ano, que viraram tradição desde as gestões
anteriores, Paulinho Freire explicou que o “Natal em Natal” tem
patrocínio da Lei Câmara Cascudo, a Cosern, e que vai se certificar
disso para anunciar se vai ou não haver em 2012. No entanto, antecipou:
“Se não for para gastar dinheiro, nós vamos fazer, porque existe o
patrocínio. Se não tiver, se for para gastar além do patrocínio, gastar
dinheiro da Prefeitura, nós não vamos fazer”.
Com relação as prioridades deste governo de, aproximadamente, 45 dias
(se Micarla não conseguir o recurso na Justiça e voltar a Prefeitura),
Paulinho Freire garante que a prioridade é pagar salários. “Nós temos
que trabalhar com responsabilidade, porque sabemos que Natal passa por
grandes dificuldades. Nós vamos priorizar o pagamento dos salários.
Sabemos que tem boa parte atrasado, estamos trabalhando desde
quinta-feira, passamos o final de semana trabalhando, para encontrar
soluções. Depois, essa questão do lixo”.
portaljh
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