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ESTADO

Bombeiros já registraram mais de 200 salvamentos na água este ano no RN

Não são apenas os riscos de afogamento nas praias potiguares que preocupam as equipes de salva-vidas que atuam no litoral. Os banhos em água parada, principalmente rios e lagoas, mereceram um alerta à parte do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, divulgado nesta terça-feira (25). Segundo as estatísticas, a Seção de Salvamento Aquático da corporação já registrou mais de 200 ocorrências de salvamento no estado somente este ano. Boa parte delas, em balneários.

A equipe de reportagem da Inter TV Cabugi foi à lagoa de Arituba, em Nísia Floresta, uma das mais frequentadas na região da Grande Natal, onde foram registrados dois afogamentos em menos de 40 dias. E lá constatou um exemplo do risco. Uma criança de 3 anos quase morreu afogada. Banhistas conseguiram resgatar o menino, que já estava no fundo da lagoa.  Sandro Liberato, que trabalha como garçom em um bar à beira da lagoa, conta que já viu três pessoas morrerem.

Como nos demais lugares de banho em água parada, o grande problema com a segurança é a ausência de bombeiros, até mesmo para orientar a população. A corporação alega falta de efetivo para poder realizar uma melhor distribuição. Por isso, o trabalho se concentra nas praias. Mesmo assim, são apenas 14 profissionais para cobrir todo o litoral do Rio Grande do Norte.

Ocorrências

De acordo com os dados registrados pelo Corpo de Bombeiros do RN, as praias potiguares com um maior número de ocorrências de janeiro até o final de novembro são: praia do Meio, na zona Leste de Natal (47 atendimentos), Redinha, na zona Norte da capital (39), e Búzios, no litoral Sul (36).

Deste total de atendimentos realizados pelos salva-vidas do Corpo de Bombeiros, 136 foram salvamentos aquáticos, 15 de busca de corpos, 12 ocorrências com mortes comprovadas por afogamentos, quatro encontro de cadáveres submersos, entre outros. 

Das mortes por afogamentos registradas este ano, cinco ocorreram na praia da Redinha, duas em Areia Preta, uma em Camurupim, uma na praia dos Artistas, um em Ponta Negra, uma em São José de Mipibu e uma no litoral Sul (não havendo neste último caso uma informação precisa da praia).

Dos cadáveres submersos, dois foram resgatados no rio Potengi, um em São Bento do Trairi e um em Santo Antônio. Já os encontros de corpos, foram registrados três na praia da Redinha, um em  Barra do Rio, um na praia do Forte, um em Camurupim, três no rio Potengi, dois na Lagoa de Arituba, um em Lagoa Salgada e outros três em locais não identificado pelos relatórios da corporação.

De acordo com a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, os dados representam as ocorrências atendidas de janeiro a novembro de 2012, nas praias que ligam Pipa, em Tibau do Sul, à Touros, não entrando os dados das regiões Oeste, Alto Oeste e Seridó.

O relatório final da Seção de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros do RN só será apresentado no dia 2 de janeiro de 2013. O tenente Christiano Couceiro afirma que o número de afogamentos no RN é bem maior que o registrado, uma vez que muitos dos casos não há o acionamento dos salva-vidas, justamente em função de muitos casos serem atendidos por outros órgãos, como o Samu (havendo a vítima sinais vitais) ou Itep (em caso de óbito).

Além disso, as ocorrências do tipo 'cadáveres submersos' e 'encontros de cadáveres' não são registrados como 'mortes por afogamentos', pois não há, no momento do atendimento, uma comprovação do que realmente tenha motivado a morte dos banhistas, nem testemunhas.

G1RN