PENDÊNCIAS
O Primeiro Jornal de Pendências
O seu primeiro jornal, datilografado, data de 1928 e
chamava-se por ironia do destino “O Dedo”. Circulou apenas duas vezes. Era
feito folhas de papel almasso e serviu de estimulo à publicação de um outro de
mais duração que foi, por assim dizer, a mais forte manipulação da inteligência
dada até hoje pela gente da terra de Félix Rodrigues Ferreira.
A redação de d’O
Dedo compunha-se de um diretor, Lamberto Góis, e dois redatores – Manoel
Bezerra Cabral e Paulo Ferreira Itapoan. O artigo de fundo foi escrito por
Manoel Bezerra Cabral, Paulo Ferreira Itapoan fazia a crônica religiosa e
Lamberto Góis juntava as qualidades de noticiarista as de paisagista,
focalizando certos aspectos do meio social.
Foi nesse período de abolição que
surgiu a idéia alvissareira d’O Dedo. E logo depois a lembrança meio agigantada
a sua substituta “A Lanterna”. Esta, contando com a experiência do seu
antecessor conseguiu aparecer vitoriosa, apresentando aspecto agradável e
atraente. Imprensa em Macau na Tipografia de Virgilio Pinheiro publicou
seguidamente quatro números, cada qual mais impressionante pela apresentação
gráfica, como pela variedade e segurança, da matéria. Ainda hoje poderia ser
lida com agrado e admiração.
Circulou o seu primeiro número no dia 24 de junho de
1928, dia de São João, trazendo variada colaboração em prosa e verso. Tinha
como diretor responsável Lamberto Góis, e dizia-se “órgão humorístico e
noticioso” com diversos redatores incógnitos.
Nesse jornal colaboraram algumas
penas de real valor, entre os quais podemos destacar as de Lauro Rodrigues de
Góis, Luíz Xavier da Costa, José Antônio de Moura, Elvécio Barros e outros de
menor porte.
Parabéns ao município pelos seus 59 anos de emancipação política.
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