RELIGIÃO
Jader Santos fala sobre ministério Arautos do Rei
Ele começou a carreira musical aos 13 anos. Jader Dornelles Santos que é pianista, pastor, regente e compositor, dedicou 15 anos de seu ministério como diretor musical e pianista do quarteto Arautos do Rei.
Na entrevista de hoje, o maestro que atualmente é professor e ministro de louvor da Universidade Adventista de São Paulo, fala sobre sua experiência com os Arautos do Rei, sobre as transformações que ele ajudou a causar no estilo musical do quarteto e como esse ministério mudou a sua vida.
Ouça esta entrevista aqui:
Rádio Novo Tempo – Jader Santos como foi sua história musical antes dos Arautos do Rei?
Jader Santos – Minha história musical começou na igreja local onde eu atuava, a igreja do IASP, onde eu passei primeiro. Eu toquei para o Coral e também passei a trabalhar com coral infantil e grupos musicais. Depois no IAE, que é o atual Unasp Campus I, eu continuei me envolvendo com meus quartetos e já compondo alguma coisa de música, produzindo alguma coisa, e trabalhando também com corais dentro do colégio.
RNT – Como foi o seu chamado para fazer parte dos Arautos do Rei?
JS – No meu último ano de teologia eu recebi um convite para ir até A Voz da Profecia fazer um teste, e depois de alguns meses, já pertinho da minha formatura, é que eu recebi realmente o convite oficial, um chamado eu diria assim, para participar da Voz da Profecia.
RNT - Em 1984, você tornou-se o diretor musical do Arautos do Rei. Como foi a transição do estilo musical? Já que no fim da década de 80, com o lançamento do álbum “Habita em mim”, o público conheceu um estilo diferenciado das antigas formações.
JS – Na realidade com as pessoas que foram saindo e entrando e com os arranjos que a gente foi fazendo, sempre tem uma concepção pessoal da maneira como você ouve e enxerga o ministério e o trabalho. Então eu diria que a partir do repertório escolhido, das pessoas que foram chamadas para cantar, foi mudando a direção do som. Então eu diria que a gente se desprendeu um pouquinho daquela herança dos King´s Heralds, que era o quarteto americano e começou a trabalhar com um caminho próprio, que na realidade foi uma concepção já iniciada pelo Alexandre Reichert, que me antecedeu com várias gravações. Eu acho que apenas continuei o processo.
“Eu acredito muito nesta combinação da mensagem cantada com a mensagem falada. Acho que esse é o grande trunfo do ministério A Voz da Profecia. Eu acho que enquanto esse módulo durar existe muita coisa para ser feita. “
Jader D. Santos.
RNT – Enquanto participava dos Arautos do Rei você passou por um problema de saúde e também um livramento de Deus. Como foi esse período?
JS – Quando eu percebi que havia ficado doente, eu queria até agradecer muito porque os meus chefes na época e meus colegas entenderam a situação e me deixaram um pouco mais tranquilos, por uns três ou quatro meses, quando eu iniciei meu tratamento e aí depois eu fui voltando aos poucos a viajar com eles de novo e a voltar as minhas atividades. Depois de dois anos eu já estava de volta às atividades quase que normais do quarteto. Foi uma benção eu diria, poder fazer minhas atividades profissionais e ter um tempo para eu me restabelecer na minha saúde.
RNT - “Hei de estar na alvorada” foi o 1° álbum lançado em 1963, desde então, a mensagem da volta de Jesus tem sido presente nestes anos de existência do quarteto. Em sua opinião, passados 50 anos, como você enxerga o ministério Arautos do Rei para a pregação da mensagem?
JS – Eu acredito muito nesta combinação da mensagem cantada com a mensagem falada. Acho que esse é o grande trunfo do ministério A Voz da Profecia. Um pastor que fala convincentemente verdades muito fortes e um grupo que canta e traça uma mensagem musical chegando as pessoas. Então eu acho que enquanto esse módulo durar existe muita coisa para ser feita. E essa história desta herança já feita, vários grupos e um ministério ininterrupto, eu diria assim porque 50 anos oficialmente sem quebrar, isso aí trouxe muita força para o ministério e eu acredito muito nesta forma.
RNT - Em 15 anos de Arautos do Rei, qual foi a história que mais te marcou?
JS – Várias histórias me marcaram, mas teve uma história em Maceió , quando a gente visitou uma família, de um jovem adventista recém convertido, que faleceu tragicamente e os pais não eram adventistas e a família não eram também, eles ficaram muito revoltados contra Deus. “Como esse menino deixa a vida promissora que tem e entra em uma igreja e acaba morrendo tragicamente?”, diziam eles. Eu lembro que a gente fez uma visita para essa família e foi uma experiência que marcou muito a minha vida realmente.
RNT - Você com certeza deve ter conhecido muitas histórias de como as músicas do quarteto tocaram corações. Mas e você? De que forma esses 10 anos de quarteto marcaram a sua vida espiritual?
JS – Acho que eu tive muita benção, muita graça e acho que o que mais me marcou foram duas coisas: A experiência de trabalhar com vários oradores como o pastor Conrad, pastor Ronaldo de Oliveira, pastor Assad Bechara e pastor Neumoel Stina, todos eles me marcaram muito espiritualmente. O trabalho que a gente desenvolveu com o quarteto, as séries de conferências, os cultos e as respostas das pessoas para Deus, isso me marcou muito, saber que a música que a gente fazia, a mensagem que a gente tinha, era um canal do Espírito Santo para chegar até as pessoas.
RNT - Depois de tantos anos trabalhando com quarteto, como é voltar a trabalhar com grupos e corais?
JS – É um trabalho diferente, eu diria. A minha vida tem sido dedicada para a música da igreja ao longo desses anos, então, depois que eu fui para uma instituição, a gente tem que encarar como um fator educacional e eu gostei muito de trabalhar em colégio, com jovens, com corais e outros grupos também. Então eu sinto que onde a gente está, temos que cumprir o papel, cumprir a missão e eu to tentando cumprir da melhor maneira que eu posso.