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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ALTO DO RODRIGUES

Ex-prefeito Eider Medeiros direcionou obra de R$ 630 mil para ex-assessor de Henrique Alves 

De acordo com a matéria publicada no O Jornal de Hoje, a auditoria da Controladoria Geral da União, vê desvio em obras de ex-assessor do deputado Henrique Alves. De acordo com a CGU, o fato de ter cinco empresas desclassificadas na obra das 40 casas e apenas a Bonacci recorreu da decisão e terminou sendo aprovada já é prova de que existe irregularidades. 

Veja principais trechos da matéria divulgada pelo conceituado jornal O Jornal de Hoje, edição da tarde (16).

Auditoria da CGU vê desvio em obras de ex-assessor do deputado Henrique Alves

A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que a empresa do ex-assessor do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Aluizio Dutra, se beneficiou de licitações dirigidas para obras superfaturadas em três cidades do Rio Grande do Norte. 

A informação foi publicada na manhã de hoje pelo jornal Folha de São Paulo, que vem revelando uma série de irregularidades envolvendo o parlamentar potiguar, que é o principal nome na disputa pela presidência da Câmara Federal.

Segundo a matéria, as conclusões da CGU sobre a Bonacci Engenharia, que tem como sócio Aluizio Dutra de Almeida, constam “de ampla auditoria feita pelo órgão de controle do governo federal sobre dezenas de convênios do Dnocs (Departamento de Obras Contra a Seca)”. 

O trabalho apontou prejuízos totais de R$ 192 milhões em obras e levou à queda, em janeiro do ano passado, do diretor-geral do departamento, Elias Fernandes – que, por sinal, era indicado político de Henrique Alves.

“O nome da Bonacci aparecia sem despertar atenção naquele material, entre inúmeros envolvidos em irregularidades regionais. A CGU detectou irregularidades em três obras da empresa. Segundo a controladoria, a Prefeitura de Alto do Rodrigues (interior do RN) ‘direcionou’ a contratação da Bonacci para assumir um convênio de R$ 630 mil do Dnocs na construção de 40 casas”, citou o jornal.

Segundo os auditores, chama atenção o fato de cinco concorrentes terem sido desclassificadas pela prefeitura local e só a Bonacci recorreu da decisão. Apresentou então sua proposta e foi escolhida. Para a CGU, inclusive, essa proposta, descumpria itens do edital.

“Na cidade de Coronel Ezequiel, os auditores da CGU afirmam que houve superfaturamento de R$ 49,3 mil num contrato de R$ 142 mil que a empresa do ex-assessor de Henrique Alves assumiu para fazer barragens. Há, também ali, elementos que apontam favorecimento à empresa, diz a CGU”, conforme descreveu o jornal.

O processo licitatório era “constituído de folhas soltas colecionadas em pastas; não estava devidamente autuado, protocolado e numerado, em flagrante desrespeito à legislação vigente e comprometendo a integridade do procedimento”, relatam os auditores da controladoria.

A investigação do órgão federal também aponta direcionamento na contratação da Bonacci para tocar uma obra do Dnocs no valor de R$ 420 mil na cidade de São João do Sabugi, no interior do RN. A prefeitura da cidade deixou de entregar à CGU, segundo o relatório, “atas das sessões de recebimento das propostas, julgamento da habilitação, abertura e julgamento das propostas, muito menos os avisos de habilitação”. Os auditores encontraram sobrepreços que somam R$ 55,7 mil nos serviços prestados -no caso, também construção de barragens.

Aluizio Dutra, conforme lembrou a Folha, trabalhava desde 1998 com o Henrique Alves, mas deixou o cargo na noite de segunda-feira, após as denúncias de que sua empresa teria recebido recursos de emendas parlamentares do próprio Henrique Alves, além de verbas do Dnocs, órgão controlado politicamente pelo peemedebista.
 
portaljh.com.br

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