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sexta-feira, 8 de março de 2013

ASSU

Leitor manda comentário por universitários estarem sem transporte



No dia 05 de março de 2013 a cidade Assu/RN viveu um momento histórico. Centenas de estudantes compareceram a Câmara dos Vereadores para reivindicar um direito que está lhes sendo cerceado, qual seja o da Educação. A Prefeitura que durante onze anos repassou uma verba que até o ano passado era no valor de 16 mil reais mensais para os estudantes se locomoverem a outros municípios para cursar um nível superior ou técnico, agora inesperadamente mudou os critérios de apoio estudantil, criando um projeto de Lei, que foi aprovado em apenas dois dias pelos vereadores. 

Os universitários por quatro vezes em reuniões com os representantes do povo argumentaram que o projeto era injusto, pois são apenas 200 bolsas para 400 estudantes, sendo que são 180 no valor de R$80,00 para quem recebe até R$339,00 por pessoa da sua residência e 20 bolsas no valor de R$150,00 para quem recebe até R$169,50 por pessoa de sua residência. Dessa forma, 200 estudantes ficariam desassistidos, enquanto que no antigo sistema de repasse todos os alunos eram beneficiados de forma igualitária.

Como justificativas foram levantados o uso do ônibus por estudantes que não eram residentes em Assu, a falta de prestação de contas de uma das Associações e que seriam apenas 220 estudantes e que dentre esses, alguns teriam condições financeiras de arcar com o custeio do ônibus e que pagavam o mesmo valor de estudantes de baixa renda.


Ocorre que os responsáveis por escrever e aprovar a Lei não atentaram para os seguintes casos: o número de estudantes que utilizam o transporte municipal é de quase 400, visto que abrange alunos que saem de Assu para aulas em Angicos, Macau e Mossoró, isso sem contar com os alunos de Ipanguaçu, cujo caso vai na contramão do nosso, onde a Prefeitura fornece gratuitamente ônibus nos períodos matutino, vespertino e noturno para o IFRN.


Como também que o número de alunos de outras localidades que utilizam o transporte não chega a 40, assim os legisladores sacrificaram centenas de alunos buscando uma denominada “justiça” de poucos. Alegam também que essas bolsas irão dar oportunidade aos estudantes de baixa renda e em situação de vulnerabilidade para frequentarem a universidade, mas não atentam que esse processo de isenção (sistema de bolsas) já é feito pelas Associações da cidade.


Em contrapartida a “toda” essa preocupação do município com a educação e o aumento do investimento de 16 mil para R$ 17.400, o salário dos vereadores era de 4 mil e, no ano de 2013 passou para 8 mil, e agora com uma “verba indenizatória” a R$ 10.500, aumentado o investimento de Assu com esses ilustres legisladores em detrimento dos estudantes do município.


O nosso questionamento como estudantes e jovens esclarecidos é o porquê da educação ser vista como um custo e não como investimento?

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