COTIDIANO
Mulheres comandam
maioria dos pequenos negócios no NE
Sexo frágil que
nada, as nordestinas são mesmo empreendedoras. O sexo feminino supera em
quantidade o masculino no percentual de adultos que começam um empreendimento.
As regiões Nordeste e Sul são as únicas onde é verificado esse predomínio das
mulheres sobre os homens.
Cerca de 52% dos negócios iniciais estão nas mãos das
mulheres nordestinas e sulistas, enquanto que nacionalmente são delas 49,6% das
novas empresas. Na média nacional, as mulheres compartilham com os homens o
comando das novas empresas. As informações constam na pesquisa Global
Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM), realizada desde 1999, que pela primeira
vez apresenta dados regionais no Brasil.
Uma das
explicações para essa taxa de empreendedorismo feminino está relacionada aos
tipos de negócios que estão sendo formalizados na região - em sua maioria,
atividades antes consideradas informais e tradicionalmente ligadas às mulheres,
como, por exemplo, salões de beleza e produção de doces e salgadinhos.
É o que
acredita a gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do
Norte, Gilvanise Borba Maia. "De uma maneira geral, temos uma forte
presença da mulher nas universidades e no mercado de trabalho muito que há duas
décadas. É natural que isso se reflita também no comando dos negócios",
explica Gilvanise Borba.
Os dados da GEM
revelam também que os sete estados do Norte do país concentram,
proporcionalmente, a maior taxa empreendedora nacional. Atualmente, 34,2% dos
habitantes da região entre 18 e 64 anos estão envolvidos na criação ou
administração de um negócio. No Brasil, o índice médio está em 30,2%.
Os
moradores do Norte são também os brasileiros que mais sonham abrir uma empresa.
Enquanto nacionalmente o desejo de investir em um empreendimento é verificado
entre 43,5% da população, no Norte do país o mesmo sonho é compartilhado por
54,3% da população adulta.
Em números
absolutos, o Sudeste ainda reúne o maior número de pessoas com empresas
estabelecidas ou em fase de criação. São 15,3 milhões de empreendedores
distribuídos entre São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
A
região se destaca ainda por apresentar a maior escolaridade entre os
empreendedores brasileiros. Na região, 43% daqueles que iniciam um negócio têm
o Ensino Médio completo, frente à média nacional, de 37%.
O índice de
empresários iniciais com diploma de graduação também é maior nessa região (15%)
do que no resto do país (11,5%). A maior escolaridade entre os empreendedores
do Sudeste corresponde à melhor estrutura de ensino superior nos estados da
região, que reúne maior densidade de instituições com boa avaliação do Ministério
da Educação.
A GEM considera
empreendedores iniciais os adultos entre 18 e 64 anos que nos últimos 12 meses
realizaram alguma atividade para ter o próprio negócio, como começar uma
poupança para esse fim. Também integram esse grupo aqueles que possuem empresa
com até 3,5 anos de operação. Os empreendedores estabelecidos, segundo o
levantamento, têm mais de 3,5 de mercado.
Jovens
De acordo com a GEM, está na região Centro Oeste a maior proporção de
empreendedores jovens envolvida na abertura de um negócio. Mais de 22% dos
novos empresários entre 18 e 24 anos estão na região, que também apresenta a
maior proporção (37,2%) de empreendedores iniciais entre 25 a 34 anos.
Nacionalmente, 18,3% estão entre 18 e 24 anos e 33,8% estão na faixa etária
entre 25 e 34 anos.
Oportunidades no Centro Oeste
A pesquisa GEM
mostra que o Centro-Oeste é destaque no empreendedorismo por oportunidade. Quase
85% dos novos negócios instaurados na região foram motivados pela identificação
de uma oportunidade de mercado. O índice também é elevado nas regiões Sudeste
(73,9%) e Sul (74,1%). No Brasil, quase 70% das empresas iniciais foram abertas
pelo mesmo motivo. O Centro-Oeste vive momento de alto fluxo migratório, além
da criação de novas cidades e da franca expansão dos recursos públicos. As
condições, aliadas à alta escolaridade no Centro-Oeste e nas regiões Sudeste e
Sul, incentivam a abertura de empresas direcionadas para aproveitar as
oportunidades.
Realizada no
Brasil pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(IBQP), a GEM 2012 contou com a participação de 69 países - 15 a mais do que os
analisados em 2011. O levantamento ouviu pessoas entre 18 e 64 anos das cinco
regiões brasileiras.
Fonte: Agência
Sebrae RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado pela sua participação