DESTAQUE DO JORNAL DE HOJE
Festas em Alto do Rodrigues podem ter sido superfaturadas
Jackleline e Eider Medeiros
Além deles, é
possível destacar também os gastos feitos em Alto do Rodrigues em 2012, que
também representaram quantias elevadas. Para se ter uma ideia, só com trio
elétrico, foram gastos quase meio milhão de reais.
O trio em questão foi
contratado pela Prefeitura Municipal, na gestão anterior, para o evento das
festividades de emancipação política e Alto Folia. Custou aos cofres públicos,
exatamente, R$: 468 mil. Para se ter uma ideia do indício de
superfaturamento, neste ano, a gestão atual contratou para as mesmas
festividades dois trio-elétricos, sendo um trio e um carro de apoio, pela
quantia de R$ 41,7 mil.
Na gestão do ex-prefeito Eider Medeiros, segundo documentos oficiais, se gastou R$ 146,9 mil somente com a decoração da cidade no ano passado. Neste ano, o atual prefeito optou por não decorar a cidade, pelo fato de não ter incluído os gastos com a decoração na planilha de custos que foi entregue, antes das festas, ao promotor de Justiça local, Marcos Adair.
Somente com os fogos de
artifício foram gastos outros R$ 71 mil, além dos
cachês milionários pagos as bandas na ordem de R$ 787,5 mil, destinados ao
empresário Frederyco Alexandre Figueiredo, contratado para organizar e
apresentar as bandas.
Ainda no mesmo ano de 2012, a
prefeitura promoveu um carnaval modesto nas atrações, porém considerado de
“alto custo”. Foram contratadas bandas com artistas locais, no palco, às
margens do rio Açu, somente no período da tarde, entre o sábado e a terça-feira
de carnaval, e na quarta-feira de cinzas.
Em 2012, a empresa Edvanio de
Oliveira Dantas, conhecido como Ed Oliveira, um dos investigados na Operação
Máscara Negra, responsável por intermediar os contratos da prefeitura de Alto
do Rodrigues com o Grafith, cobrou por três apresentações da banda, a quantia
de R$
174 mil. Ou seja: quase 60 mil por show.
Na ação em Macau, inclusive,
“Ed Oliveira” é apontado como o responsável pela intermediação ilegal da
Banda Grafith no Carnaval 2012, sendo a contratação comprovadamente
superfaturada; não é o empresário exclusivo da banda, mas intermediou a
contratação em Macau.
Recentemente, também passou a representar outras atrações
perante o município, sempre celebrando contratos de valores vultosos, o que
denota que ele possivelmente está envolvido no suposto “esquema” de
superfaturamento dos contratos firmados com o Município de Macau.
Para o Alto Folia, porém,
chegou a anunciar a contratação do cantor sertanejo Luan Santana, um dos cachês
mais elevados do Brasil na época. A avaliação negativa e as críticas por
contratar um show de alto custo diante da situação de seca da cidade fizeram a
Prefeitura, depois do contrato assinado, cancelar a atração musical, que
custaria R$ 386 mil a gestão municipal. (CM)
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