JUSTIÇA
Falhas no sistema e-SAJ, leva a Corregedoria da PGE a
pedir socorro urgente ao Tribunal de Justiça
Esta semana, o Procurador Corregedor Geral da
Procuradoria Geral do Estado ,Adalberto Targino, acompanhado das procuradoras
Magna Letícia (Procuradora Geral do Estado Adjunta) e Fabiana Pinheiro
(Procuradora Corregedora Substituta), reuniu-se com o Corregedor de
Justiça, desembargador Vivaldo Pinheiro (TJRN).
A reunião teve por
objetivo pedir apoio jurídico operacional, a fim de celebrar parceria
informal entre os dois órgãos, visando uma maior celeridade processual, através
de um melhor funcionamento do sistema e-SAJ, no portal do Tribunal de Justiça,
que está gerando problemas aos procuradores, no que diz respeito ao
processo eletrônico, chegando a represar até 1.700 processos no mês passado.
Por esta razão, a PGE encaminhou ofício ao desembargador Vivaldo
Pinheiro, ressaltando a necessidade urgente de ser criado um mecanismo online
de fornecimento ao advogado, no momento em que ocorrer falhas no e-SAJ, para
atestar a impossibilidade de remessa da petição, como acontece com o PROJUDI,
adotado pelo Conselho Nacional de Justiça-CNJ.
Esta falha no sistema, segundo Adalberto Targino, vem
trazendo prejuízos e perda de prazos por parte de alguns procuradores, que, ao
acessarem o sistema online do TJRN, muitas vezes ficam várias horas sem receber
um retorno a respeito das petições urgentes, destinadas ao Tribunal de Justiça,
suas Varas e Comarcas. Os transtornos à defesa do Estado são imensos.
“O mais grave de tudo isso é que, ante a escassez no
número de procuradores (estamos sem concurso há mais de 10 anos), agravado pelo
crescimento vegetativo dos processos e a quase duplicação das Varas da capital,
há uma distribuição de mais de 60 processos diários, com prazos para serem
entregues a cada procurador, sem falar no espaço físico da PGE, que não
comporta metade de seus diversos órgãos”, destaca o corregedor Targino.
Para se ter uma idéia, são remetidos, diariamente, à PGE,
processos de quatro Varas de Sucessões, cinco Varas da Fazenda e dois Juizados.
O fato mais grave e que impede hoje o bom funcionamento da Procuradoria é a não
certificação imediata no momento em que o sistema está inoperante, deixando o
Procurador com prazos comprometidos.
Na visita ao Corregedor Geral de Justiça, os procuradores
participaram, por alguns momentos, de uma reunião com a juíza corregedora
auxiliar Patrícia Gondim, onde se discutiam os problemas com o portal
e-SAJ. Na reunião, estavam presentes o procurador fiscal do município Thiago
Caetano, a defensora pública Fabíola Gaudêncio, a diretora de secretaria da
PGE, Ângela Oliveira e os diretores das varas da fazenda pública, que ali
representavam a Direção do Fórum Miguel Seabra Fagundes.
A comitiva da PGE ressaltou a importância dessa
discussão e aguarda posicionamento do Tribunal de Justiça para uma melhor
prestação jurisdicional.
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