ESTADO
Potiguar é campeão estadual com título decidido nos
pênaltis
Num palco repleto de torcedores, público que há muito o América não via a seu
favor numa partida de futebol no Rio Grande do Norte, a equipe natalense pagou
um preço alto por ão ter definido o jogo no tempo normal, desperdiçando algumas
excelentes chances.
O que era para ser o palco de uma grande festa, com a
derrota para o Potiguar nos pênaltis, acabou sendo cenário de cenas
lamentáveis, que foram as agressões dos jogadores natalenses aos treinador
Celso Teixeira. No tempo normal os gols foram marcados por Índio Oliveira para
os natalenses na etapa inicial e enquanto Chiquinho decretou a igualdade para o
time mossoroense.
Um estádio lotado para a realização de outro belo confronto entre América e
Potiguar, que voltaram a apresentar um futebol extremamente ofensivo em busca
do título estadual e realizaram uma primeira etapa muito movimentada. Em que
pese as raras chances claras de gol, o confronto agradou pela movimetação e
sempre as equipes empre rondavam com um certo grau de perido a área adversária.
Entre os goleiros, o do time natalense trabalhou primeiro ao defender um chute
bem colocado de Daniel aos 8 minutos, mas disposto a não dar muita tranquilidade
aos mossoroenses, o América teve maior domínio de bola e tentou encurralar o
potiguar na defesa, porém a resistência era feita com muita luta e determinação.
Dessa vez, com mais atenção nas jogadas ensaiadas, os americanos sofreram menos
sustos e se aproveitaram da velocidade para numa das raras escapadas de Índio
Oliveira marcar o primeiro gol. Numa lance em que a bola foi chutada para
frente, houve a disputa de bola no meio-campo e a bola serviu como uma espécie
de lançamento para o camisa 11, que ganhou na velocidade do zagueiro Anselmo,
entro na área e bateu cruzado, no canto, sem chance de defesa para Santos, que
antes já havia impedido um gol do atacante, ao colocar para escanteio um chute
de fora da área.
Pelo que apresentou em campo, o gol e a vantagem fez justiça aos americanos,
que no final foi melhor.
Pressão
No segundo tempo o América iniciou com ritmo ainda mais forte e partiu para
buscar decidir logo a partida, com cinco minutos o time que havia economizado
nos chutes na etapa anterior, deu logo dois sustos no goleiro mossoroense, com
Índio Oliveira, que Santos defendeu e com Norberto que passou cruzado pela
área. Logo depois num cruzamento de Renatatinho, Tiago Adan se antecipa a zaga,
mas não consegue completar para o gol.
Bem marcados, Vaninho e Kattê não conseguiram desempenhar o mesmo papel do jogo
anterior, dessa forma a equipe de Celso Teixeira ficava restrita as apostas nas
bolas paradas, mas a faltas realizadas pelo América eram feitas sempre na
intermediária. Sentindo a deficiência, o comandante do Potiguar tratou de
deixar seu time mais ofensivo, colocando Radames na vaga do terceiro zagueiro
Ivisson, dando mais ofensividade ao “time macho”.
Chance Perdida
No lance de maior perigo do Potiguar, Vaninho cobrou falta com um cruzamento
fechado, Dida desviou a bola sobrou para o zagueiro Genílson que chutou para
fora, depois foi a vez de Tiago Adan perder um gol inacreditável. Cascata puxou
um ataque rápido, cruzou e o atacante que teria o trabalho apenas de empurrar a
boa para o fundo da rede, se enrolou e desperdiçou a oportunidade de deixar o
América com a mão na taça. Irritado, Roberto Fernandes substituiu o atacante
por Itamar logo em seguida.
O que tanto o potiguar precisava, Índio fez: derrobou Ítalo na entrada da área
e numa jogada ensaiada, Vaninho tocou para Chiquinho que bateu de virada e
contou com a falha de Dida, que colocou a mão mole na bola e ele entrou
vagarosamente para o gol, isso aos 31 minutos de partida. O resultado empurrava
a decisão do título novmente para cobrança de pênaltis. Seis minutos depois
Ítalo se numa disputa de bola com Ricardo Baiano, acertou um tapa no jogador
americano e acabou sendo expulso, num momento em que o time de Mossoró crescia
na partida.
Depois Daniel fez falta sobre Radames, aos 43 minutos, recebeu o segundo cartão
amarelo e também foi expulso por Alício Pena Júnior. A luta nos minutos finais
foi para evitar as chances do adversário e assim a partida seguiu bastante
disputada até o apito final do árbitro.
Nervosismo
Após vários anos uma disputa de título do Campeonato Potiguar voltava a ser
definida na cobrança de pênaltis. Ai foi a vez das duas torcidas darem seu show
incentivando os atletas das duas equipes, na busca de diminuir a angustia dos
mesmos. No lado americano, o goleiro Dida teve saudação especial no coro das
arquibancadas.
Cascata, jogador mais experiente em campo, abriu a sessão decisiva. O camisa
bateu forte no meio do gol e converteu. Chiquinho foi o primeiro a bater para o
Potiguar, ele bateu Dida rebateu, pegou a bola pegou efeito e entrou. Renatinho
foi o segundo a cobrar para os natalenses, mas acabou jogando a bola nas mãos
de Santos. Paulinho veio na sequência, bateu e colocou o Potiguar na frente (1
x 2) chutando com força. Índio abriu a terceira série, e bateu bem para fazer
(2 a 2). Ai Giovanni foi fazer sua cobrança e chutou por cima, para dlírio dos
americanos.
Autor do gol, Índio Oliveira seguiu para abrir a quarta série. O atacante fez
uma bela cobrança e recolocou o América na frente (3 a 2). Ai foi a vez de Lima
fazer sua cobrança por parte dos visitantes, tomou muita distância e acertou um
balaço para deixar tudo igual novamente (3 a 3). Allysson abriu a quinta série,
chutou Santos chegou a tocar na bola, mas ela entrou para alívio do zagueiro (4
a 3). Santos depois tratou de deixar tudo igual (4 a 4).
Na nova série, Itamar foi o primeiro a cobrar. O atacante chutou fraco e Santos
defendeu. Ai foi a vez de Radames ter a chance de definir o título e não
desperdiçou. Colocou a bola num canto e o goleiro para o outro.
Ficha Técnica:
América: Dida,
Norberto (Allysson), Índio, Edson Rocha e Renatinho; Ricardo Baiano (Laílson),
Daniel, Fabinho e Cascata; Tiago Adan (Itamar) e Índio Oliveira. Técnico:
Roberto Fernandes.
Potiguar: Santos,
Chiquinho, Geílson, Anselmo e Paulinho; Ivisson (Radames), Lima, Magno e Daniel
(Ítalo); Kattê e Vaninho (Giovanni). Técnico: Celso Teixeira.
Árbitro: Alício
Pena Júnior (Fifa-MG)
Gols: Índio
Oliveira/AME (36'/1ºT), Chiquinho/POT (31'/2ºT)
Renda: R$
99.460,00
Público: 4.878 pagantes
Estádio: Barretão
TN
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