CULTURA
"Odeio o Dia dos Namorados" importa tática de
Hollywood para cinema nacional
O diretor Roberto
Santucci e o roteirista Paulo Cursino levaram mais de 10 milhões de
espectadores ao cinema com "Até Que a Sorte Nos Separe" e dois filmes da série "De Pernas Pro Ar" . Com "Odeio o Dia dos Namorados",
que estreia nesta sexta-feira (7), devem repetir o feito, buscando inspiração
em dois filões consagrados de Hollywood.
O primeiro é o
filme pensado para uma data específica do calendário, aposta dos estúdios
norte-americanos para impulsionar a venda de ingressos logo na estreia. Para
agradar tanto as mulheres quanto os homens no Dia dos Namorados, a comédia
romântica incorpora elementos sobrenaturais e efeitos especiais, importando a
fórmula do espírito que volta para a Terra para mostrar "o filme da
vida" ao protagonista.
Oficialmente, a
inspiração é "Um Conto de Natal", de Charles Dickens. Na prática,
ecoa as dezenas de filmes hollywoodianos que usam a mesma ideia. Alguns são
bem-sucedidos, como o clássico "A Felicidade Não se Compra", de Frank
Capra, mas a maioria não vai além da repetição, como "Minhas Adoráveis
Ex-Namoradas", estrelado por Matthew McConaughey.
O clima de
"já vi esse filme" é tão grande em "Odeio o Dia dos
Namorados" que até o título já pertence a outro longa, estrelado por Nia
Vardalos. Neste não há fantasmas, mas a protagonista tem o mesmo perfil da
Débora vivida por Heloísa Périssé: uma mulher que, com medo de se envolver,
prefere manter apenas relacionamentos casuais.
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