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sábado, 8 de junho de 2013

CULTURA

"Odeio o Dia dos Namorados" importa tática de Hollywood para cinema nacional


O diretor Roberto Santucci e o roteirista Paulo Cursino levaram mais de 10 milhões de espectadores ao cinema com "Até Que a Sorte Nos Separe" e dois filmes da série "De Pernas Pro Ar" . Com "Odeio o Dia dos Namorados", que estreia nesta sexta-feira (7), devem repetir o feito, buscando inspiração em dois filões consagrados de Hollywood.

O primeiro é o filme pensado para uma data específica do calendário, aposta dos estúdios norte-americanos para impulsionar a venda de ingressos logo na estreia. Para agradar tanto as mulheres quanto os homens no Dia dos Namorados, a comédia romântica incorpora elementos sobrenaturais e efeitos especiais, importando a fórmula do espírito que volta para a Terra para mostrar "o filme da vida" ao protagonista.

Oficialmente, a inspiração é "Um Conto de Natal", de Charles Dickens. Na prática, ecoa as dezenas de filmes hollywoodianos que usam a mesma ideia. Alguns são bem-sucedidos, como o clássico "A Felicidade Não se Compra", de Frank Capra, mas a maioria não vai além da repetição, como "Minhas Adoráveis Ex-Namoradas", estrelado por Matthew McConaughey.

O clima de "já vi esse filme" é tão grande em "Odeio o Dia dos Namorados" que até o título já pertence a outro longa, estrelado por Nia Vardalos. Neste não há fantasmas, mas a protagonista tem o mesmo perfil da Débora vivida por Heloísa Périssé: uma mulher que, com medo de se envolver, prefere manter apenas relacionamentos casuais.

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