DIA 12 DE JUNHO
Por um mundo sem trabalho infantil
Antes de ler o texto da Secretária Nacional sobre a erradicação do trabalho infantil, gostaríamos, apenas de, reinterar que o município participa dessa campanha e toda a equipe da Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social (SEMHTAS) sob o comando de Francleide Campos (secretária), Gerlane Baracho (adjunta) e todas as demais servidoras da pasta, estarão realizando amanhã, uma vasta programação, em frente ao hospital Maria Rodrigues de Melo, a partir das 16h.
Sua participação é super importante! Leiam o texto
Denise Colin
O combate ao
trabalho infantil no Brasil tem alcançado avanços nas últimas duas décadas.
Nesse período, o número de crianças e adolescentes que trabalham vem declinando
continuamente. Em 2010, o Censo Demográfico aponta a existência de 1.598.569
crianças e adolescentes de 10 a 15 anos trabalhando, o que representa 7,7% do
total de crianças nessa idade. Para esta faixa etária, registra-se um
decréscimo de 10,8% em comparação com os dados do Censo 2000, quando havia
1.791.480 de crianças e adolescentes ocupados. A proporção de jovens com idades
entre 16 e 17 anos também foi reduzida em 15,7%.
O enfrentamento ao
trabalho infantil no país tem como diretrizes as estratégicas pactuadas pela
Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), através do
Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao
Adolescente Trabalhador (2011 e 2015), que envolve ações de vários ministérios.
Priorizando esse
propósito, o governo brasileiro está inserido no compromisso mundial de
erradicar as piores formas de trabalho infantil até 2015 e todas as formas até
2020. Nesse cenário, o Brasil sediará, no segundo semestre de 2013, a III
Conferência Mundial contra o Trabalho Infantil, manifestando-se como liderança
importante para o enfrentamento dessa problemática.
Seguindo esse
compromisso é que o Brasil reitera a importância do dia 12 de junho – Dia
Mundial de Combate ao Trabalho Infantil – como marco internacional simbólico de
chamamento para a reflexão sobre o trabalho infantil. Precisamos esclarecer os
inúmeros riscos a que se expõem as pessoas inseridas precocemente no trabalho e
as consequências nocivas para a vida adulta, por isso participamos da
convocação: “Vamos acabar com o trabalho infantil: em defesa dos direitos
humanos e da justiça social”.
Os esforços do
governo brasileiro se refletem no direcionamento das políticas públicas,
gerando impactos importantes que vêm se somando nesse processo de
enfrentamento.
O fortalecimento
da Política de Assistência Social, com aporte financeiro, técnico e com avanço
de pactuações, tem proporcionado um Sistema Único de Assistência Social (Suas)
mais eficaz e eficiente, que se faz chegar às populações em vulnerabilidade e
risco. Um exemplo dessa realidade é a oferta, pelo MDS, de Equipes Volantes e Serviços
Especializados em Abordagem Social, para que os municípios tenham condições de
ampliar a busca ativa nos territórios, identificar situações de trabalho
infantil e realizar registros/atualizações no Cadastro Único, a fim de garantir
a transferência de renda às famílias com crianças e adolescentes retirados da
situação de trabalho, inclusão das crianças e adolescentes nos Serviços de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos e no acompanhamento familiar através
dos Cras e Creas, bem como os demais encaminhamentos a outras políticas
públicas.
No Suas, o
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) está avançando na
qualificação, fortalecendo a intersetorialidade e a gestão integrada de
benefícios e serviços destinados às famílias cujas crianças e adolescentes
estejam em iminência ou retirados da situação de trabalho.
O Fórum Nacional
de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil iniciou, neste ano, o movimento
de Caravanas contra o Trabalho Infantil, reavivando o Catavento de cinco pontas
coloridas (azul, vermelha, verde, amarela e laranja) – para marcar a luta pela
erradicação do trabalho infantil. Intensifica-se a mobilização, convocação,
distribuição de responsabilidade e afirmação de compromissos com essa causa.
Neste cenário
favorável para a realização de uma ruptura histórica em que o trabalho infantil
se constitua em passado, precisamos ser protagonistas de outra cultura e
agentes de uma nova realidade, na qual a criança, o adolescente e suas famílias
tenham a proteção integral garantida nos instrumentos legais assumidos pelo
Brasil, acessando direitos e vivendo em uma sociedade que avança em sua
democratização.
Por um mundo sem
trabalho infantil!
Denise
Colin é secretária nacional de Assistência Social do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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