ECONOMIA
IPI para linha branca e móveis sobe a partir de
segunda-feira
A partir de
segunda-feira (1º), os móveis e três produtos da linha branca – fogão,
tanquinho e geladeira – pagarão mais Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que as alíquotas
reduzidas, que vencerão no fim de junho, serão parcialmente aumentadas.
Também será
revogado, em parte, o imposto reduzido para laminados, luminárias, painéis de
madeira e papéis de parede. De acordo com o ministro, a remoção gradual das
desonerações ajudará a manter o equilíbrio fiscal. O governo estima que vá
arrecadar R$ 118 milhões a mais entre julho e setembro por causa da medida.
“A recomposição
de tributos estava anunciada desde o início do ano”, declarou Mantega. Ele
também ressaltou que não existe mais espaço fiscal para novas desonerações,
como as pedidas por produtores de aço na última terça-feira (25). “Temos de
colher frutos das desonerações aplicadas e em curso, mas também temos de
melhorar a arrecadação e o desempenho fiscal. Em função disso, novas
desonerações não estão previstas”, acrescentou.
As novas
alíquotas valerão até o fim de setembro. O IPI sobe de 2% para 3% no caso dos
fogões, de 7,5% para 8,5% para geladeiras, de 3,5% para 4,5% para tanquinhos.
Para móveis, painéis de madeira e laminados, a alíquota passa de 2,5% para 3%.
Para as luminárias, o imposto aumenta de 7,5% para 10%. O IPI para papéis de
parede subirá de 10% para 15%. Para máquinas de lavar, o imposto está
definitivamente mantido em 10% desde o ano passado.
Mantega disse
ainda que pediu aos empresários que não repassassem o imposto maior para os
preços. “Conversei com o setor, e os empresários me informaram que procurarão
absorver o aumento de tarifas de modo que o preço não se eleve. O setor fará um
esforço para não venha prejudicar vendas, nem aumentar a inflação”, declarou.
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