EDUCAÇÃO
Maioria dos inscritos no Enem não conseguirá vaga no
ensino superior pelo Sisu
O Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) de 2013 recebeu número recorde de inscrições, mas a
maioria dos candidatos não conseguirá vaga no ensino superior público pelo
Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Foram 7.173.574 inscrições confirmadas. Segundo
o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o número de vagas nas universidades
é 1,1 milhão. "Uma parte importante dos participantes não poderá entrar
através do Enem na universidade", disse ontem (7) em coletiva com a
imprensa.
A nota do Enem não
é usada apenas pelo Sisu. Serve para concorrer a vagas em instituições privadas
de ensino superior, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). Além
disso, é requisito no Programa Ciência sem Fronteiras e serve também para o
estudante receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O
exame é usado ainda para certificação do ensino médio de estudantes maiores de
18 anos que não têm o documento.
O governo
reconhece que existe uma demanda que não é atendida. "O Ministério da
Educação administra 22 mil obras. Construiu 3 milhões de metros quadrados para
expandir a rede federal de ensino e não damos conta da demanda". Para
atender aos estudantes, Mercadante diz que o ensino privado e a educação a
distância são foco de investimento do ministério, com ações como o ProUni e
Fies. Segundo o Censo da Educação Superior de 2011, as instituições privadas
atendiam a 88% do ensino superior.
Mercadante destaca
o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como
alternativa para complementar o ensino superior. "Quem não tem uma
especialização tecnológica profissionalizante deve procurar este caminho e deve
continuar disputando o Enem e tentar uma vaga na universidade".
O ministro
ressaltou que o número de inscritos no Enem é uma vitória para o país: "o
brasileiro está querendo estudar e sabe que tem que estudar mais", disse.
O investimento em
educação aumentou de 2000 para 2011. Em 2011 foram investidos em educação
o equivalente a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2000, a porcentagem era
4,7%. Em tramitação no Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação (PNE) -
que traça metas a serem cumpridas pelo setor nos próximos dez anos – estabelece
que 10% do PIB devem ser investidos em educação.
"Para
continuarmos nesse ritmo de crescimento, eu só vejo uma alternativa, os
recursos do pré-sal", disse, referindo-se ao projeto de lei enviado ao
Congresso pela presidenta Dilma Rousseff. O PL 5.500/13 destina os recursos do
petróleo para a educação.
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