POLÍCIA
Entre sexta-feira e manhã de ontem, Rio Grande do Norte
contabiliza mais 24 pessoas assassinadas
Da tarde de
sexta-feira até a manhã de ontem, foram registrados 24 assassinatos no Rio
Grande do Norte. Essa é a conta de mais um final de semana em que a violência
assustou os moradores do Estado e aumentou a sensação de insegurança. Desses,
18 aconteceram nos municípios que integram a Região Metropolitana de Natal. Em
todos os casos, a Polícia Militar foi acionada e fez diligências em busca dos
assassinos, mas ninguém foi detido. Somente hoje, cinco pessoas foram
encontradas mortas.
Duas destas mortes
foram na cidade de Parnamirim, nos bairros de Bela Parnamirim e Passagem de
Areia, onde um comerciante foi executado a tiros por bandidos que haviam
tentado roubar seu veículo, minutos antes. José Maria de Oliveira tinha 66 anos
e foi morto dentro do carro, um Gol branco, por volta das 5h, conforme
informações do 3º Batalhão da Polícia Militar.
A vítima teria
sido abordada pelos criminosos, mas conseguiu fugir. No entanto, ele foi
perseguido e quando se preparava para estacionar o veículo em sua residência,
foi surpreendido e executado com vários disparos de arma de fogo. Depois, os
assassinos saíram em alta velocidade, por rumo ignorado. José Maria, que
trabalhava como padeiro há mais de 30 anos, era bastante conhecido pelos
moradores da região, que ficaram aterrorizados com o fato.
Já em Bela Vista,
a vítima foi um homem que foi encontrado morto com um grande e profundo corte
no pescoço, causado possivelmente por uma faca-peixeira, dentro da residência
onde morava. Sem nenhum documento que a identificasse, a vítima era conhecida
apenas pelo apelido de “Gegê” e, foi morto possivelmente depois de ter
participado de uma festa de São João.
O cadáver foi
encontrado na manhã de hoje e removido para a sede do Instituto Técnico
Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN), para passar por
necropsia. Ele deve ser liberado ainda hoje para velório e sepultamento, pelos
familiares. Os policiais militares ainda realizaram diligências pela região,
mas como o crime não teve testemunhas, ninguém foi detido.
Na zona Oeste da
Capital, no bairro de Nazaré, um jovem de 22 anos foi executado com vários
disparos de arma de fogo dentro de casa. Ítalo Anderson da Silva Medeiros
estava dormindo quando foi atacado pelos desconhecidos, que fugiram em seguida,
sem levar nada da vítima. Mais uma vez, os militares saíram em diligências, mas
não conseguiram identificar ou prender nenhum suspeito.
Na zona Norte, um
homem ainda não identificado foi encontrado morto com várias marcas de tiros no
cruzamento das avenidas Abimael Florêncio e Quarto Centenário, no Jardim
Progresso. Conforme a Polícia Militar, a vítima teria se desentendido com uma
pessoa em uma festa de São João e pode ter sido morta por este desconhecido.
Mulher
nua e com mãos amarradas em Natal
Pessoas que
passeavam pela praia de Areia Preta tiveram um susto na manhã de hoje, ao
encontrar o cadáver de uma mulher sem roupas e com os pés e mãos amarradas para
trás. O corpo estava escondido dentro de uma gruta nas pedras da Ponta do
Morcego e apresentava marcas de pedradas na cabeça. Até o momento, não foram
encontrados indícios de violência sexual.
Segundo o oficial
de operações da Companhia Independente de Policiamento Turístico (Ciptur),
tenente Ubiratan Bonner, não havia nenhum documento de identificação ou peça de
roupa próximo ao corpo, que foi removido pelos peritos do Itep/RN para a sede
do orgão, no bairro da Ribeira.
“O corpo estava
escondido dentro de uma fenda nas pedras, o que pode ser explicado pela demora
em localizá-lo. Por volta das 8h30, algumas pessoas que caminhavam na praia a
encontraram e avisaram a polícia obre o cadáver da vítima, que aparenta ter
entre 25 e 30 anos de idade e cerca de 1,70m de altura. Aparentemente, não
temos testemunha deste crime”, explicou o oficial.
Ele disse que
provavelmente, a mulher foi assassinada com pedradas na cabeça, já que seu
corpo não apresenta marcas de disparos de arma de fogo ou de facadas. Também é
difícil saber se ela sofreu algum tipo de violência sexual, o que segundo o
tenente Bonner, só será possível saber após a necropsia do corpo, que está no
Itep, para reconhecimento por familiares ou amigos.
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