TODOS CONTRA O TRABALHO INFANTIL
Papa faz apelo contra "fenômeno deplorável" que
é a exploração de crianças no trabalho doméstico
Antes de ler a matéria do Papa Francisco, não esqueça que hoje, a partir das 16h, na Avenida Angelo Varela, em frente ao hospital Maria Rodrigues de Melo, acontecerá evento alusivo ao dia contra o Trabalho Infantil. A prefeitura Municipal, através da Secretaria de Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social (SEMTHAS) estará realizando um grande evento com orientações sobre os direitos das crianças. Picolés, Pipoca, Algodão doce e muito mais, são alguns dos atrativos para as crianças. Não esqueça e compareça!!!
Agora leia o texto
O papa
Francisco lançou hoje um apelo contra a "exploração das crianças no
trabalho doméstico", que classificou como um "fenômeno deplorável em
crescimento constante". "Há milhões
de menores, na maioria meninas, que são vítimas desta forma escondida de
exploração, que muitas vezes inclui abuso sexual, maus-tratos e
discriminações", lamentou o papa, no final da sua audiência geral semanal
perante cerca de 60.000 pessoas na praça da São Pedro, no Vaticano.
O papa, que falava
a propósito do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, desejou "vivamente
que a comunidade internacional possa tomar medidas cada vez mais eficazes para
combater esta verdadeira praga. É uma verdadeira escravidão", exclamou.
"Todas as
crianças devem poder brincar, estudar, rezar e crescer no seio das suas
próprias famílias, num meio harmonioso, de amor e de serenidade: é o seu
direito e é o nosso dever", afirmou, sublinhando que uma infância serena
permite às crianças olhar com confiança a vida e o futuro.
A Organização
Internacional do Trabalho (OIT) estima hoje em 10,5 milhões o número de
crianças usadas em trabalho doméstico em todo o mundo, em condições de
insegurança e até parecidas com a escravidão.
A agência da
Organização das Nações Unidas para o trabalho disse que cerca de três quartos
destas crianças são meninas e que 6,5 milhões destes trabalhadores domésticos
têm entre 5 e 14 anos.
Em um relatório
com 87 páginas, divulgado no âmbito do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil,
que se celebra hoje, a OIT diz que a situação mais preocupante é na África
Subsaariana, em particular em países como Burkina Faso, Gana, Costa do Marfim e
Mali, mas também destaca as situações de famílias rurais no Paquistão e Nepal,
que são por vezes obrigadas a enviar os seus filhos para trabalhos domésticos
como forma de pagarem dívidas.
Vulneráveis à
violência física, psicológica e sexual e a condições de trabalho abusivas,
acabam muitas vezes isoladas das suas famílias, escondidas do olhar público e
muito dependentes dos seus empregadores. Muitas vezes, acrescenta ainda a OIT,
acabam forçadas a prostituírem-se.
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