Um exemplo inconteste da perda de poder da presidente
Dilma em relação à sua base de apoio político-congressual está no ultimato do
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que praticamente exigiu um corte
de 14 ministros, já em agosto, para diminuir os custos da União.
Henrique Alves
não somente disparou a exigência do PMDB, principal partido de apoio do Palácio
do Planalto, como, de outro modo, reclamou da falta de diálogo entre Dilma e as
lideranças políticas, como acontecia nos governos anteriores, citando
nominalmente o de Lula. Ele disse que o Conselho Político do governo não se
reúne de há muito, e já perdeu da memória a última reunião realizada sob o
comando da presidente. Este fato vai render porque não se trata de um pedido,
mas de uma imposição, com tempo marcado: início de agosto, ou seja, quando os
congressistas retornarem do recesso.
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