Em uma carreira
pródiga de sucessos, Miguel Falabella tem em ‘A Partilha’ o maior deles. O
texto é um clássico contemporâneo que gerou frutos como um filme e uma
continuação (‘A Vida Passa’), tendo sido encenado em mais de 12 países. A
montagem original permaneceu em cartaz por seis anos, foi vista por mais de um
milhão de espectadores e conquistou o Brasil com a narrativa de quatro irmãs
que se reencontraram no velório da mãe e repassaram suas próprias histórias a
partir do fatídico episódio.
Após reestrear no ano passado com grande sucesso
no Rio e São Paulo e fazer uma turnê nacional, ‘A Partilha’ apresenta pela primeira
vez em Natal com Arlete Salles, Elizangela, Patricya Travassos e Alessandra
Maestrini, neste sábado, no Teatro Riachuelo. ‘A Partilha’ tem
uma trajetória de afetos. Nasceu do encontro entre Falabella e suas quatro
amigas (Natália do Vale, Susana Vieira e Thereza Piffer que estavam na montagem
original ao lado de Arlete Salles). O texto rendeu a Falabella o Prêmio Molière
de melhor autor.
O sucesso foi tão grande que o espetáculo chegou a ficar em
cartaz simultaneamente no Rio e São Paulo, com dois elencos distintos, e fez
duas turnês nacionais. “Essa peça foi modificadora da vida de todos nós”,
exalta Falabella. “É um texto iluminado, atemporal, que merecia ser
revisitado”, empolga-se Arlete. Para Patricya, o êxito do espetáculo não foi
por acaso: “a peça fala do humano, de como as pessoas são de fato, com seus
erros e acertos”.
A simplicidade e
o bom humor que permeiam a história atingiram de imediato a memória afetiva dos
espectadores e conquistaram a crítica. ‘A Partilha’ é apontada, ainda hoje, como
um dos pontos altos da carreira de Falabella. Já estavam presentes no texto
características marcantes da obra do autor: o humor cáustico, o olhar afetivo
sobre as relações familiares, mulheres coloridas e de personalidade forte,
personagens distantes de estereótipos, plenos de contradições, mas também
cheios de verdade e sede de vida, além da maestria em levar o espectador da
gargalhada ao nó no peito em uma questão de segundos.
A peça narra o
reencontro das quatro irmãs logo após a perda da mãe. Juntas, elas terão que
decidir o que fazer com a herança, o que serve de pretexto para repassarem as
próprias vidas, bem como toda a relação familiar. A tijucana Selma (Patricya) é
a irmã mais conservadora e vive um casamento tedioso com um militar; Regina (Elizangela)
é liberada, esotérica, não costuma se reprimir e tem uma visão “alto astral” da
vida; Lúcia (Arlete) abandonou um casamento convencional e o filho para viver
um grande amor em Paris; e Laura (Alessandra), a caçula, revela-se uma
intelectual sisuda e surpreende as irmãs com suas atitudes, sobretudo quando se
assume homossexual. As quatro mergulham no passado e deixam vir à tona as
diferenças e afetos em uma jornada emocionante, repleta de humor e ironia.
O espetáculo tem
cenários de Beli Araújo, figurinos de Sônia Soares e iluminação de Paulo César
Medeiros.
SERVIÇO:
A PARTILHA
Texto e Direção
Miguel Falabella – Com Arlete Salles, Elizangela, Patricya Travassos e
Alessandra Maestrini
Onde: Teatro
Riachuelo
Data e hora:
neste sábado (27), às 21h30
Ingressos:
Frisas: R$ 80
(inteira) e R$ 40 (meia)
Balcão Nobre: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Plateia A: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Plateia B: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Camarotes: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Na Bilheteria do
Teatro ou pelo Site ingresso.com
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