Djalma Santos (à esq) Zito e Pelé, em 1963 |
Bicampeão mundial
com a Seleção Brasileira, o ex-lateral direito Djalma Santos, 84
anos, morreu na noite desta terça-feira, em Uberaba-MG. O ex-jogador
estava internado no Hospital Dr. Hélio Angotti e não resistiu a uma parada
cardiorrespiratória, causada por decorrência de uma pneumonia grave e
instabilidade hemodinâmica.
Djalma Santos foi
internado em 30 de junho, momentos depois de a Seleção Brasileira vencer a
Espanha por 3 a 0 no Maracanã, conquistando o título da Copa das Confederações.
Teve diagnosticada pneumonia, e com a piora acabou internado na Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI), na qual ficou até o dia 11.
Ainda internado,
voltou à UTI no sábado, após piora de saúde. Passou a apresentar
comprometimento de função renal e respirava com ajuda de aparelhos. Djalma
Santos não resistiu a mais uma recaída: sofreu parada cardiorrespiratória
e morreu aos 84 anos.
Um
dos melhores laterais do mundo
Referência na
lateral direita para qualquer jogador da posição, Djalma Santos defendeu a
Seleção Brasileira em quatro Copas do Mundo (1954, 1958, 1962, 1966). Mas foi
no Mundial da Suécia, em 58, que o atleta apareceu para o futebol. Na ocasião,
ele foi eleito o melhor da competição na posição, apesar de ter disputado
apenas a última partida contra a Suécia. No bicampeonato do Chile, em 1962, o
lateral seria titular absoluto do setor.
Paulistano,
nascido em 27 de fevereiro 1929, Djalma atuou em apenas três equipes durante a
carreira como profissional. Na década de 50, vestiu a camisa da Portuguesa,
naquele que se transformaria no melhor time da história do clube. O atleta se
transferiu para o Palmeiras em 1959. Na equipe alviverde, onde permaneceria por
dez anos, ajudou a derrubar o memorável Santos de Pelé e companhia ao
conquistar os Estaduais de 1959, 1963 e 1966.
A última parada
de Djalma Santos foi na cidade de Curitiba, quando jogou pelo Atlético-PR e pôs
fim a longa carreira aos 42 anos. Radicado em Uberaba-MG, Dejalma dos Santos,
seu nome verdadeiro, monitorou um projeto de esportes da prefeitura da cidade
mineira. No ano de 2008, ele e os companheiros de Seleção foram homenageados em
função dos 50 anos do título mundial de 1958.
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