O Ministério Público Federal de Goiás (MPF/GO) afirmou
nesta quarta-feira que obteve na Justiça a suspensão da atuação da empresa
Bbom, proibindo a comercialização e a oferta de rastreadores. A empresa é
acusada de praticar pirâmide financeira e, na semana passada, teve os bens
bloqueados.
De acordo com o MPF/GO, o grupo terá de se abster de
admitir novas adesões à rede, impedindo novos cadastros e disponibilizando
mensagem comunicando aos internautas sobre a decisão judicial.
A Justiça Federal determinou que as empresas do grupo
publiquem em seus sites o seguinte comunicado: "Por ordem da Justiça
Federal, a BBom está impedida de receber a adesão de novos associados, seja
através de seus sites, seja através dos sites de seus associados, bem como de
receber as mensalidades cobradas dos associados já admitidos no sistema".
Na semana passada, o MPF congelou o esquema. Entre os
bens bloqueados estão cerca de cem veículos, sengo alguns de luxo como Ferrari,
Lamborghini e Mercedes, além de R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo.
O MPF ainda afirmou que o que chamou atenção no caso é
que, antes da criação da Bbom, as empresas não movimentaram mais do que R$ 300
mil por ano e, "em pouco mais de seis meses, o fluxo financeiro do grupo
aumentou cerca de 3.000%".
A prática de pirâmide financeira é aquele na qual os
participantes são remunerados apenas somente pela indicação de outros
indivíduos, sem levar em consideração a real geração de vendas de produtos.
Segundo o MPF, no sistema adotado pela Bbom, "os
interessados associavam-se mediante o pagamento de uma taxa de cadastro (R$
60,00) e de um valor de adesão que variava dependendo do plano escolhido,
obrigando-se a atrair novos associados e a pagar uma taxa mensal obrigatória no
valor de R$ 80,00 pelo prazo de 36 meses. O mecanismo de bonificação aos
associados era calculado sobre as adesões de novos participantes. Quanto mais
gente era trazida para a rede, maior era a premiação prometida". O Terra entrou em contato com a Bbom, mas até o momento não obteve
retorno
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