Para muita gente,
iPad e tablet são praticamente sinônimos. Mas isso não significa, é claro, que
o aparelho da Apple seja a única opção nas lojas. Além do já conhecido Galaxy
Tab, da Samsung, agora disponível na nova versão 10.1, há vários outros modelos
interessantes disputando o mercado. Podem ser boas opções para quem quiser
fugir das restrições impostas pela Apple, como a impossibilidade de navegar em
sites da web que usam a tecnologia Flash, da Adobe. Também podem atender a
necessidades específicas, como acontece com o Eee Pad Transformer, da Asus, que
pode ser convertido em netbook com teclado. Outro exemplo é o ZTE V9, que tem
rádio FM e uma função que permite fazer ligações telefônicas em viva voz, duas
coisas ausentes do tablet da Apple. Mostramos, aqui, sete tablets que são
atraentes para o usuário individual, têm preço compatível com suas
características e já são encontrados em lojas no Brasil.
iPad 2, da Apple
Não é difícil
achar boas razões para escolher o iPad 2 ao comprar um tablet. Ele tem mais de
500 mil aplicativos disponíveis, incluindo muitos de excelente qualidade. Seu
sistema operacional iOS, que brevemente irá para a quinta edição, já está
maduro e funciona muito bem. E o design da Apple é prático e elegante. Em
compensação, o iPad não exibe sites da web que usam a tecnologia Flash, da
Adobe. Nele, não é possível expandir a memória por meio de um cartão. E alguns
usuários podem se incomodar com o fato de terem de usar o aplicativo iTunes
toda vez que quiserem transferir arquivos de música ou vídeo para o tablet. O
modelo mais barato custa 1.649 reais na loja online da Apple. Tem 16 gigabytes
de capacidade e só permite o acesso à internet via Wi-Fi. Já o mais caro, com
conexão 3G e 64 gigabytes, sai por 2.599 reais. Há outras quatro opções
intermediárias.
Galaxy Tab 10.1,
da Samsung
O Galaxy Tab
10.1, da Samsung, é um dos concorrentes mais fortes para o iPad 2. Como o nome
sugere, ele tem tela de 10,1 polegadas, pouco maior que a do iPad 2, que mede
9,7 polegadas. Mas o tablet da Samsung é, também, uma fração de milímetro mais
fino e alguns gramas mais leve que o rival. Ele roda a versão 3 do sistema
Android, conhecida como Honeycomb. Ele conta com os mais de 250 mil aplicativos
disponíveis no Android Market e tem os recursos habituais dos tablets da
geração mais recente, como GPS e duas câmeras (mas a traseira é de 3 megapixels
apenas). Por enquanto, o aparelho é oferecido no Brasil pela operadora Vivo e seus
revendedores por 1.999 mil reais. Essa versão tem 16 gigabytes de capacidade e
conexão 3G. Com a contratação de um plano de dados da Vivo, o preço pode cair
para até 1.399 reais.
Motorola Xoom
Concorrente
direto do Galaxy Tab 10.1, o Xoom, da Motorola, tem características parecidas
com as do aparelho da Samsung e preço mais camarada. A tela, por exemplo, tem o
mesmo tamanho, 10,1 polegadas. E o sistema operacional também é o mesmo, o
Android Honeycomb. O Xoom ganha na câmera traseira de 5 megapixels (a do Galaxy
Tab 10.1 é de 3 megapixels) com flash de LED, mas perde das dimensões. O tablet
da Motorola tem 1,26 centímetro de espessura, 4 milímetros a mais que o modelo
da Samsung, e pesa 730 gramas, 165 a mais que o rival. O Xoom com 32 gigabytes
de capacidade e acesso à internet apenas via Wi-Fi custa em torno de 1.500
reais. É um preço atraente para um aparelho com 32 gigabytes. A versão com
conexão 3G, ainda não disponível, deverá custar cerca de 1.800 reais.
Iconia Tab A500,
da Acer
O Iconia Tab A500
é mais uma opção no estilo do Motorola Xoom e do Galaxy Tab 10.1, da Samsung.
Como esses concorrentes próximos, o A500 é baseado no sistema Android Honeycomb
e tem tela de 10,1 polegadas. Entre os dois, o tablet da Acer é mais parecido
com o Xoom. Tem 13 milímetros de espessura e pesa 730 gramas. Como os outros,
tem duas câmeras, sendo a traseira de 5 megapixels. O tablet, que chegou
oficialmente ao Brasil neste mês, já teve, segundo o fabricante, 800 mil
unidades vendidas. A previsão é que chegue a 1,6 milhão até o fim do ano. O
Iconia Tab A500 custa cerca de 1.500 reais com 16 gigabytes de capacidade e
acesso à internet apenas via Wi-Fi. Por 200 reais a mais, compra-se a versão
com 32 gigabytes de memória.
Eee Pad
Transformer, da Asus
O Eee Pad
Transformer TF101, da Asus, tem feito sucesso em alguns países por uma razão
peculiar: a empresa vende, separadamente, uma base com teclado que permite
transformá-lo em netbook. Esse acessório também possui portas USB que
possibilitam a conexão de pen drives e outros dispositivos externos. A base
traz, ainda, um conector para cartões de memória, útil na hora de transferir
fotos da câmera fotográfica para o tablet. Essa solução é prática para quem
precisa escrever textos e acha desconfortável digitar no teclado virtual. Mas a
versatilidade tem seu preço. Enquanto o Galaxy Tab 10.1, por exemplo, pesa 565
gramas, o peso do Transformer é 680 gramas, sem o teclado. E os dois têm o
mesmo tamanho de tela: 10,1 polegadas. O Transformer custa em torno de 1.500
reais numa versão com 16 gigabytes de capacidade e sem conexão 3G. A base com o
teclado ainda não é encontrada oficialmente no Brasil. A Asus diz que ela será
vendida por cerca de 400 reais.
Blackberry
PlayBook, da RIM
O BlackBerry
PlayBook roda o sistema operacional QNX, que a Research in Motion pretende usar
também em smartphones. É uma opção interessante para quem está habituado aos
smartphones BlackBerry e prefere ter um tablet também dessa linha. O PlayBook
tem tela de 7 polegadas, quase 3 polegadas menor que a do iPad. Isso traz maior
portabilidade, é claro, mas também torna a navegação na web e a visualização de
documentos menos confortável. O PlayBook tem feito sucesso nos Estados Unidos e
em outros países, onde é apreciado principalmente para uso profissional. Mas é bom
notar que ele conta com muito menos aplicativos do que os tablets com Android e
o iPad. A loja online BlackBerry App World oferece 42 mil títulos, mas só
alguns poucos milhares foram feitos para o tablet. A RIM diz que pretende
melhorar isso tornando o QNX compatível com os aplicativos do Android. Embora o
PlayBook já esteja oficialmente à venda em países como México, Venezuela e
Colômbia, no Brasil ele só chegou, até agora, via importação direta de algumas
lojas. Com capacidade de 16 gigabytes e conexões Wi-Fi e 3G, custa cerca de
1.700 reais.
ZTE V9
O V9, da ZTE, foi
um dos primeiros tablets a chegar ao Brasil com preço oficial abaixo dos 1.000
reais. Mas esse preço, na verdade, só vale para quem contratar um plano de
dados da operadora TIM (que custa 50 reais por mês). Avulso, o tablet sai por
1.500 reais. O V9 tem tela de 7 polegadas, mesmo tamanho do BlackBerry
PlayBook. Tem conexões 3G e Wi-Fi para acesso à internet e roda o Android 2.1.
Embora essa versão do Android seja adequada a esse tamanho de tela, ela já está
um pouco ultrapassada. O espaço para armazenamento de arquivos é de apenas 4
gigabytes (contra 16 gigabytes do iPad mais simples), mas pode ser expandido
por meio de um cartão, algo impossível no iPad. O V9 ainda tem rádio FM e uma
função que permite fazer ligações telefônicas em viva voz, duas coisas ausentes
do tablet da Apple.
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