Os delegados do Rio Grande do Norte voltam
a trabalhar nesta quarta-feira (11). A categoria decidiu suspender a
paralisação deflagrada no dia 22 de agosto. De acordo com a assessoria de
imprensa da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (Adepol/RN), a
categoria continua mobilizada para que o Governo do Estado aumente a convocação
de delegados concursados.
A decisão de suspender a greve foi tomada em assembleia
realizada na noite desta terça (10). Uma reunião de negociação está marcada
para o dia 8 de outubro. Os delegados acreditam que a convocação dos
concursados reduzirá o acúmulo de função dos profissionais que trabalham no
interior do estado.
Ainda de acordo com Adepol, o governo já havia apontado a
possibilidade de contratação de equipes com delegado, agente e escrivão. No
entanto, os servidores desejam a ampliação desse número.
Agentes e escrivães
Apesar do retorno dos delegados ao trabalho, cerca de
1.300 agentes e escrivães da Polícia Civil potiguar continuam de braços
cruzados. A greve da categoria foi iniciada no dia 6 de agosto. Segundo
Djair Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol/RN),
um novo ato de protesto será realizado no Centro Administrativo do estado na
manhã desta quarta.
Delegados
Sem acordo com o governo sobre a convocação de novos
profissionais, os delegados do Rio Grande do Norte decidiram entrar em greve na
quinta-feira 22 de agosto. "O encontro foi completamente infrutífero.
Enquanto chegamos com uma proposta de nomeação, o governo queria fechar
delegacias e remanejar profissionais", afirmou, na ocasião, o delegado
Fábio Montanha, que integra a comissão de greve da Associação dos Delegados de
Polícia Civil (Adepol).
A categoria se reuniu com o secretário estadual de
Administração, Alber Nóbrega, mas não ficou satisfeita com o que ouviu. De
acordo com Montanha, ficou acertado em uma reunião que a Adepol elaboraria um
plano para nomeação de profissionais. A associação afirmou que foram detalhadas
duas propostas. Uma era a convocação de 259 delegados concursados e a outra
tratava da nomeação integral de 80 profissionais para compor a Divisão de
Homicídios.
"Quando mostramos o material detalhado, nos foi
informado que o governo queria na verdade sugestões de delegacias que poderiam
ser fechadas e para onde os profissionais destas DPs poderiam ser enviados.
Querem apenas adaptar o contingente atual", explica o delegado Fábio
Montanha.
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