O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Antônio Andrade, deverá oficializar hoje o Rio Grande do Norte como área livre
de febre aftosa com vacinação, em uma solenidade marcada para as 15h30 no
Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. A presença do
ministro foi confirmada ontem pela assessoria de comunicação do Ministério. A
visita ao RN ocorre após passagens de Andrade pelos estados de Pernambuco e do
Ceará, com o mesmo objetivo.
Ontem, nesses dois estados, ele assinou normativas
declarando os vizinhos como zonas livres de aftosa com vacinação.
Em outubro deste ano, o Ministério da Agricultura enviará pleito à Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE) solicitando que a zona envolvendo esses estados
também seja reconhecida internacionalmente como livre da doença, o que deve
ocorrer em maio de 2014.
Quando esses estados forem certificados pela OIE, 78% do território nacional
serão reconhecidos internacionalmente como livres de febre aftosa, diminuindo
as restrições de trânsito interno e possibilitando a abertura de vários
mercados para os produtos dessa região.
Mudanças
Com o status de área livre de aftosa, os pecuaristas esperam derrubar
restrições comerciais e alcançar novos mercados. Os benefícios, porém, terão de
esperar, ao menos, até 2014, disse em entrevista à TRIBUNA DO NORTE em agosto o
então secretário de Agricultura e Pecuária do RN, Júnior Teixeira.
“A instrução normativa (que o ministro vai assinar) é importante porque faz
parte de um processo e é uma sinalização dos passos que teremos de seguir nessa
área. Mas a principal mudança e os benefícios só virão em 2014, quando
espera-se que a OIE certifique que o Brasil realmente é livre de aftosa. Aí o
trânsito dos animais fica liberado”, disse ele.
Antes do reconhecimento internacional, segundo Teixeira, continua em vigor a
exigência de quarentena para os animais entrarem em outras unidades da
federação. “A instrução normativa só trará mudança de regra para os animais que
forem imediatamente para abate, em matadouros que tenham o SIF (selo de
inspeção federal). Agora eles terão trânsito livre, sem precisar passar por
essa quarentena. Para os outros animais continua valendo a exigência”, disse o
secretário.
Ele explicou que como o RN é importador de carne, na prática, sentirá poucos
benefícios. “Isso porque o gado não sai daqui para o abate. Na verdade, vem
gado para ser abatido aqui”.
O secretário disse ainda que, para receber o reconhecimento internacional, o RN
terá de cumprir exigências do Ministério ligadas à área de defesa animal. “É
preciso aumentar a capilaridade e o efetivo de pessoal, principalmente de
veterinários, do Idiarn (Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do
estado)”. O estado terá até o final do ano para tomar providências nesse
sentido. Isso porque deverá passar por uma auditoria internacional até dezem
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