O Samanaú.sat foi aprovado no edital do Programa
Uniespaço da Agência Espacial Brasileira (AEB). O Projeto Samanaú, desenvolvido
em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), consiste numa
plataforma de coleta de dados meteorológicos, com possibilidade de expansão
para a geologia, combate a endemias e sensoriamento remoto geral.
O diferencial é o baixo custo de aquisição, que permite
sua utilização em larga escala para redes de coleta de dados de alta resolução.
Os pesquisadores do Campus Caicó receberam R$ 135 mil da AEB para continuarem
as pesquisas da plataforma. O nome Projeto Samanaú foi pensado por ser o nome
da região onde se situa o Campus do IFRN-Caicó.
O projeto Samanaú.sat está em desenvolvimento dentro do CCSL-IFRN e trata da
criação de um framework para acesso a dispositivos conectados ao Sistema
Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA). A disseminação dos dados é
realizada através da transmissão para os satélites do SBCDA, por um
circuito transmissor específico e de baixo custo, também incluso no
escopo deste projeto.
Em termos gerais, o objetivo principal é o desenvolvimento de soluções
com um conjunto de dispositivos microcontrolados (Arduino) e placa
PandaBoard, para coleta de dados meteorológicos que serão
disponibilizados através do Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA).
Para que seja possível o acesso ao sistema será projetado um transmissor de
baixo custo específico para o padrão SBCDA. Dessa forma garante-se uma estação
facilmente intercambiável e de fácil manutenção. O projeto de um transmissor de
baixo custo para o padrão do SBCDA permitirá aplicações em outras demandas
nacionais, onde não há viabilidade financeira para a utilização de
transmissores comerciais importados.
De acordo com o professor Prof. Max Miller da Silveira, um dos
coordenadores do projeto Samanaú, o desenvolvimento da plataforma permite
que o valor do equipamento, utilizado na medição de dados meteorológicos
possa ser reduzido. “Um equipamento que custa em média R$ 30 mil para fazer a
análise climatológica, pode ser produzido ao valor médio de R$ 500. Isso é
possível, a partir do uso de um software livre e o desenvolvimento de sensores
a baixo custo”, esclareceu. Com essa iniciativa, é possível ampliar a cobertura
de coleta de dados e fazer a medição climatológica dentro das cidades.
Prêmios
Em 2013 o Projeto Samanaú ficou em 1° lugar na Mostra Tecnológica do 9º
Congresso de Iniciação Científica (CONGIC) do IFRN. No início do ano, ganharam
o 3º lugar, modalidade Engenharia, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
(Febrace). Os pesquisadores foram convidados para representar o Brasil em
eventos internacionais: Feria Escolar Nacional de Ciencia y Tecnología
(FENCYT), em Lima, capital do Peru e I-Sweeep - International
Sustainable World (Engi3neering, Energy & Environment) Project Olympiad,
que acontece em Houston, Texas, EUA. Com o 1º lugar na Mostra Tecnológica do
IFRN, o projeto foi automaticamente credenciado a participar da Feira
Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) 2014, em São Paulo.
tribuna do norte
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