A divulgação de notas técnicas da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) que ameaça desativar o terminal de sal do Porto
de Santos está mobilizando o segmento da indústria salineira
do RN que utiliza este meio para escoar a produção potiguar.
Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de
Sal (Siesal-RN), Airton Torres as notas apresentam técnicas “muita confusão” e
por isso a classe
empresarial está em alerta
para evitar impactos negativos no escoamento da produção salineira.
“Diante disso nós estamos nos mobilizando para esclarecer
as dúvidas e propor soluções de modo a assegurar que o Estado possa continuar
enviando ao Porto de Santos cerca de 470.000 mil toneladas de sal por ano, que
são essenciais não só para a economia local, aí incluído o Terminal Salineiro
de Areia Branca, mas, sobretudo, para as indústrias química, de nutrição animal e de papel e celulose paulistas”,
disse Torres.
Segundo o vice-presidente do Siesal-RN, o apoio político
da bancada federal do RN irá tratar do assunto na esfera federal. “Este
processo está contando com a liderança do deputado Henrique Alves, que junto
com a nossa bancada federal, numa ação supra partidária, está tratando do
assunto com a Antaq, a Secretaria de Portos e outros órgãos do governo federal.
Esta ação certamente vai garantir a continuidade de condições propícias de
utilização do Terminal de Sal do Porto de Santos pelo sal do Estado do RN”,
afirmou Airton Torres.
Ampliação Areia Branca
Recentemente, o Porto salineiro passou por uma ampliação
iniciada em 2009 e finalizada no ano passado. Com a reforma o porto passou
a ter maior velocidade de carregamento bem como maior capacidade de escoamento.
Porto Ilha foi ampliado para aumentar capacidade em 60% (Foto: Divulgação/Codern
A gerente do Terminal Salineiro de Areia Branca, Tássyla
Barbosa, explica o que mudou com a ampliação. “Com a reforma nós passamos a
contar com um incremento em torno de 60% da nossa capacidade. Além disso, a
ampliação da plataforma permite agora que a gente armazene 50% a mais de sal;
se antes nós armazenávamos 100 mil toneladas, hoje conseguimos armazenar 150
mil”, explica a gerente.
Além dessa potencialização na movimentação do terminal o
Porto passa a contar com um cais de 144 metros de comprimento, mais um
descarregador de barcaça, um sistema de esteira com a capacidade de movimentar
2,5 mil toneladas/hora e a modernização das instalações administrativas.
A obra fez parte do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) do governo federal e foi investido o valor de R$ 270 milhões. Essa foi a
segunda grande obra estruturante desde a sua construção original; a primeira
foi a repotencialização do sistema de atracação de navios, concluída em 2008.
portalnoar
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