A estação climatológica que monitora as chuvas em Natal registrou um recorde nesta
quarta-feira (4). Desde 1910, quando foi iniciado o monitoramento das
precipitações na capital, nunca choveu tanto no mês de setembro. A Empresa de
Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do
Norte (Emparn) registrou um acumulado de 124,6 milímetros no período
de 24 horas, entre as 9h desta terça (3) e quarta. Antes dessa chuva, a maior
precipitação havia ocorrido em 2 de setembro de 1974, quando choveram 89,3
milímetros na capital potiguar.
A Emparn informa que as chuvas se concentraram na madrugada, com os maiores
índices registrados entre 1h e 3h desta quarta. Já choveu mais do que o dobro
da média mensal esperada para setembro. Enquanto a média do mês fica em 54,7 milímetros,
em apenas quatro dias as precipitações acumularam 132,8 milímetros.
A chuva forte é explica pelas temperatura mais alta do
que o normal nas águas do Oceano Atlântico, próximo do litoral Leste do
Nordeste. Esse fator, associado à presença de uma frente fria sobre o Sul da
Bahia e à presença do fenômeno La Niña (água mais fria do que o normal no
oceano Pacífico), favoreceram a formação de chuvas intensas no litoral Leste da
região nordestina.
Outra chuva que chamou a atenção aconteceu no município de Senador
Georgino Avelino, onde choveram 216,6 milímetros nas últimas 24
horas. De acordo com a Emparn, boas chuvas também foram registradas na região
do Agreste e Borborema Potiguar, influenciadas pelo vento de sudeste.
Para as próximas horas desta quarta, as instabilidades que provocaram as fortes
chuvas no litoral se deslocarão para o interior, perdendo força. Com isso
o tempo continuará parcialmente nublado com ocorrência de chuvas isoladas sobre
a faixa leste. No interior, pancadas de chuvas deverão ocorrer nas regiões do
Agreste e Seridó.
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