Dona
de uma loja de lingeries e biquínis, a desinibida empresária Andressa Mendonça,
31 anos, não hesita em exibir seus atributos físicos para fazer propaganda dos
produtos que vende (a foto acima está aí para provar isso).
Andressa adora
mesmo os holofotes. Casada com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, ela sempre fez
questão de dar demonstrações explícitas de afeto. Ao visitar o marido na cadeia,
costumava mimá-lo com afagos – diante dos próprios agentes penitenciários. Numa
ocasião, enquanto o contraventor prestava depoimento, chamou a atenção dos
policiais por passar longos minutos conferindo fotos em um tablet. Detalhe:
eram sempre retratos dela própria, em situações das mais diversas.
Vaidosa,
bonita e dona de um corpão, Andressa agora quer entrar na política. Há alguns
dias, filiou-se ao PSL de sua terra natal, Goiatuba, cidade a 150 km de
Goiânia. Seu objetivo é candidatar-se a deputada federal em 2014. Mas a nova e
surpreendente empreitada da “musa do bicho”, apelido que ganhou depois de casar
com Cachoeira, não tem nada a ver com o apreço dela pelas câmeras de tevê. O
que está por trás de sua candidatura é um plano elaborado pelo bicheiro para se
reaproximar do centro do poder.
Devastados pela divulgação das escutas da Operação Monte
Carlo, parlamentares ligados a Cachoeira passaram os últimos dois anos no limbo
político ou, como ele, na cadeira reservada aos réus. Sem poder contar com aliados
de imagem já desgastada, o bicheiro quer voltar à cena política de Goiás para
remontar sua bancada no Congresso. O trampolim para isso será a musa Andressa
Mendonça. “Ela vai representar o eleitorado feminino, porque mostrou ser uma
pessoa de fibra”, afirma o presidente do PSL de Goiás, Dário Paiva. Andressa
será apresentada como empresária dedicada, uma assistente social meiga e uma
mulher forte que enfrentou os dissabores de se casar com uma figura de vida
polêmica.
Além
de usar a mulher para chegar a Brasília, Cachoeira pretende aliar-se a siglas
nanicas e, assim, ganhar musculatura para seu projeto. Ele já se aproximou do
PMN e do novato Solidariedade. Sua meta é formar uma frente partidária de pelo
menos seis legendas. A cada 170 mil votos conquistados, a frente fará um
deputado federal. Fora da frente partidária das siglas nanicas, o PT de Goiás
também mantém relações com o contraventor. O favorito para a vaga do Senado que
será renovada no ano que vem é o prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT),
citado nas investigações da Operação Monte Carlo. O irmão de Gomide, o deputado
Rubens Otoni (PT-GO), chegou a ser flagrado em vídeo negociando com Cachoeira
apoio para sua campanha política. Gomide foi procurado pela reportagem de
ISTOÉ, mas não quis dar entrevista.
istoé.com.br
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