O Ministério da Saúde liberou
R$ 15,3 milhões para a ampliação da oferta de exames do componente pré-natal e
aquisição dos testes rápidos de gravidez. Os recursos, em parcela única, serão
repassados para cerca de 300 municípios brasileiros, localizados em 18 estados.
A estimativa é que mais de 274 mil gestantes sejam beneficiadas com os novos
exames e mais de 523 mil testes sejam realizados. Confira as duas portarias
publicadas nesta segunda-feira (23).
Para a ampliação dos exames, foram destinados R$ 15
milhões e, aos testes rápidos de gravidez, R$ 300 mil. Este tipo de exame foi
inserido no Sistema Único de Saúde (SUS) por
meio da Rede Cegonha, assim como os testes rápido de sífilis e HIV. Atualmente,
são ofertados 23 exames do componente pré-natal, sendo 14 integrantes do
programa.
“Estas medidas buscam garantir acolhimento e captação
precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar
a qualidade do pré-natal”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele ressalta
que o diagnóstico rápido permite à mulher iniciar o pré-natal, assim que a
gravidez seja confirmada.
A coordenadora da área técnica de Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde,
Esther Vilela, destaca as vantagens do teste rápido. “Ele apresenta o resultado
cerca de cinco minutos após a coleta da urina, já o tradicional demora de um a
cinco dias para a entrega do resultado”, explica a coordenadora.
Segundo ela, o
teste rápido também é importante para as adolescentes que procuram as unidades
de saúde. “É uma oportunidade para que a equipe de saúde converse e oriente
estas adolescentes”, observa. “Caso o resultado do teste seja negativo, a
equipe deverá encaminhar a paciente ao planejamento reprodutivo e reforçar a
orientação sobre o uso de métodos contraceptivos”, acrescenta Esther.
Estes serviços estão garantidos pela estratégia Rede Cegonha,
lançada no ano passado. Todos os estados já aderiram à estratégia, que consiste
em uma rede de cuidados com o objetivo de assegurar à mulher o direito ao
planejamento reprodutivo, bem como atenção humanizada durante a gravidez, o
parto e após o nascimento do bebê. A rede também prevê que as crianças tenham o
direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Pré-natal –
Dentre as ações previstas do componente pré-natal, está o acolhimento às
intercorrências na gestação; acesso ao pré-natal de alto de risco; realização
dos exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco; acesso rápido aos
resultados; vinculação da gestante – desde o pré-natal – ao local em que será
realizado o parto; implementação de ações relacionados à saúde sexual e
reprodutiva; além de prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites.
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