Como sabemos, o ENEM mudou, deixando para trás a concepção
de que alunos têm que decorar várias fórmulas, principalmente as de física, que
para muitos estudantes são o terror dos vestibulares.
Em seu novo modelo, a prova procura abordar situações
vivenciadas diariamente pelos estudantes e visa também a interdisciplinaridade.
Tais mudanças fizeram com que o ENEM ganhasse peso nos processos seletivos das
principais universidades do país. Em muitas delas, o ENEM serviu como fase
única no vestibular.
As disciplinas não estão mais separadas por blocos, mas
sim agrupadas em quatro grandes áreas de conhecimento. A física está incluída
na área de “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”.
Em relação às questões de física cobradas nas provas, o
MEC (Ministério da Educação) tem por objetivo identificar algumas competências
básicas dos alunos. São elas:
– Compreender as ciências
naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas,
percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico
e social da humanidade.
– Identificar a presença e
aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
– Associar intervenções que
resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e
sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicas.
– Compreender interações
entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana,
relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características
individuais.
– Entender métodos e
procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes
contextos.
– Apropriar-se de
conhecimentos da física, da química e da biologia para, em situações-problema,
interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
De acordo com as competências abordadas acima vemos que a
física não mais é cobrada somente através de cálculos e decorebas de fórmulas.
As questões são interativas e interdisciplinares.
Assim, a prova exige diferentes habilidades, como:
capacidade de interpretação, domínio de linguagens (matemática, científica, etc.),
enfrentar situações-problema, além de ter a visível compreensão das ciências
naturais e as tecnologias que a elas se associam na construção do conhecimento
humano.
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