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terça-feira, 15 de outubro de 2013

ESTADO - Segurança alimentar é tema de debate na AL

Na semana mundial da alimentação, a Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado Hermano Morais, promoveu audiência pública sobre a implementação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional do RN. Na ocasião, foi apresentado um panorama sobre a problemática nutricional do Estado e cobrado providência por parte do Governo. “Nosso propósito é discutir essa política de segurança alimentar. Sabemos das dificuldades e dos avanços, mas é importante que haja uma sintonia entre os Governos Federal Estadual e Municipal para que possamos garantir eficácia na execução dos programas”, disse Hermano.

O presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea/RN), Jean Pierre Câmara foi o primeiro a se pronunciar sobre o assunto e falou sobre os principais problemas enfrentados pelo setor nutricional. Para ele a presença de agrotóxicos e de alimentos trangênicos na mesa do cidadão é um agravante para a nutrição. As doenças crônicas e a obesidade infantil foram alguns dos problemas citados por Jean. “Qual o papel da sociedade civil na construção desse sistema. Todos temos direito a alimentação, isso está previsto na Constituição Federal”, declarou.

De acordo com Jean, a atual gestão estadual está parada na discussão sobre segurança alimentar. “É preciso haver a primeira reunião para implementação de um câmara composta por secretários de Estado, para que possam trabalhar sobre as demandas. É preciso o compromisso de elaborar o Plano Estadual de Segurança Alimentar”, argumentou. Jean Pierre ainda cobrou dos parlamentares a criação de uma Frente Parlamentar de Segurança Alimentar para a discussão da problemática.

Representando a prefeitura de Natal, Nadja Lúcia de Carvalho disse que capital possui um Conselho de Segurança Alimentar que está buscando fortalecer essa política no município. “É um processo em construção e contamos com muitos aliados. A política voltada para os agricultores familiares temos toda uma história, um caminho a percorrer. Estudando o Movimento dos Sem Terra (MST) e as lutas pela terra, vejo que fazemos muito pouco ainda. A política publica de segurança alimentar pode ser melhor”, declarou.

O superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/RN), João Maria Lúcio disse que o órgão tem uma importante participação no processo de fortalecimento da política de segurança alimentar. “A Conab garante a compra do produto ao produtor. Foi investido R$ 21 milhões nesse programa. Distribuímos cestas de alimentos para grupos específicos. No total são quase 5 mil cesta de 23 kg por mês. A importância da Conab é grande e válida. Temos recursos assegurados até 2015 para execução desses projetos. Mas em virtude da seca, os projeto não estão sendo executados”, explicou.

Ana Cristina, presidente do Conselho de Alimentação Escolar apresentou a situação dessa política que existe desde 1955, explicando de onde vem o dinheiro para a aquisição dos alimentos e como é elaborado o cardápio para a merenda escolar. No entanto, Ana Cristina informou que existe uma grande deficiência no que se refere a atuação das merendeiras e nutricionistas. “Não existe o cargo de nutricionista no município. As merendeiras estão ficando doentes e muitas estão para se aposentar. As novas que chegaram fora para outras funções. Precisamos de um concurso para merendeiras e nutricionistas”, afirmou.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn), Ambrósio Lins disse que há seis anos vem lutando pela comercialização da produção da agricultura familiar. Na ocaisão, cobrou providências no Governo do Estado para a abertura da Central de Distribuição de alimentos produzidos pelos agricultores do RN. “Está faltando apenas uma caixa d’água para que a Central seja aberta”, disse Ambrósio que colocou a Federação à disposição para qualquer debate que envolva a segurança alimentar.

assessoria

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