Foi adiada para esta quarta-feira (20) a votação da minirreforma
eleitoral (PLS 441/2012), de autoria do senador
Romero Jucá (PMDB-RR), a pedido
de vários senadores que se queixaram da ausência da maioria dos líderes em
Plenário nesta terça-feira (19). O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que
não se sentia à vontade para apreciar matéria dessa importância sem a presença
do líder Wellington Dias (PI).
Deve ser aprovado o texto que recebeu parecer favorável da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, onde teve como
relator o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Deve ser votado um destaque que
atende aos senadores Humberto Costa (PT-PE), José
Agripino (DEM-RN) e Aloysio Nunes (PSDB-SP). PT
e oposição se posicionaram pelo retorno do artigo 100-A, emenda da senadora
Kátia Abreu (PMDB-TO), que diz
respeito a limite para a contratação de cabos eleitorais.
Um dos pontos polêmicos do projeto que estabelece normas para
reduzir o tempo e diminuir o custo das campanhas políticas, o artigo 100-A determina que em municípios com até 30 mil
eleitores, o número de cabos eleitorais não excederá a 1% do
eleitorado; nos demais municípios e no Distrito Federal, corresponderá ao
número máximo, acrescido de duas contratações para cada 2 mil eleitores que
exceder o número de 30 mil.
José Agripino voltou a criticar o que classificou como
"compra disfarçada de votos".
- Eu conheço caso de deputados que contratam 30 mil a 40 mil
cabos eleitorais para atuarem em uma cidade. Aquilo é voto comprado disfarçado,
o que é uma imoralidade - disse.
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