Familiares e amigos de Amarildo de Souza, 43, fizeram na
manhã deste sábado (2) um velório simbólico para o auxiliar de pedreiro,
desaparecido desde 14 de julho, quando foi detido para averiguação por PMs da
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha, na zona sul do Rio.
A cerimônia foi o ponto culminante de uma caminhada que
percorreu as vias da favela em protesto contra a falta de informações sobre a
localização do corpo de Amarildo.
Cerca de 70 pessoas participaram do ato, iniciado por
volta das 9h em frente à Central de Monitoramento da UPP, onde o pedreiro foi
abordado e preso por policiais militares.
Um grupo carregava um manequim que simbolizava o corpo
de Amarildo. Após negociarem com a major Priscila, comandante da Unidade de
Polícia Pacificadora da Rocinha, os manifestantes conseguiram autorização para
promoverem o velório simbólico ao lado dos contêineres da sede da UPP, onde o
pedreiro teria sido torturado e morto, segundo a Delegacia de Homicídios da
Polícia Civil.
Dos 25 policiais da UPP da Rocinha denunciados pelo
desaparecimento de Amarildo, 13 estão na cadeia e outros 12 respondem em
liberdade. Todos os presos negam as acusações de que teriam torturado o
pedreiro e ocultado seu cadáver.
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