O ex-lateral e ídolo do Botafogo Nilton Santos morreu,
vítima de uma infecção pulmonar às 15h50 desta quarta-feira (27), na Fundação
Bela Lopes, em Botafogo, Zona Sul do Rio. De acordo com a clínica, o quadro foi
agravado por uma insuficiência cardíaca grave. O ex-craque também sofria de
alzheimer.
A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do clube. Nilton Santos foi bicampeão mundial pela seleção brasileira em 1958, na Suécia,
e 1962, no Chile. Ele tinha 88 anos e era conhecido como a "enciclopédia
do futebol'.
O ídolo do Botafogo foi eleito o melhor lateral-esquerdo de todos
os tempos pela Fifa, em 2000. Nilton Santos também foi o jogador que mais
vestiu a camisa do glorioso: 718 partidas em 16 anos de clube. Em nota, o clube
lamentou a perda.
Nota Oficial do Botafogo de
Futebol e Regatas
Com sua habilidade e
categoria, Nilton Santos ultrapassou o conceito de maior lateral-esquerdo da
história do futebol mundial. Ao ser chamado de "A Enciclopédia do
Futebol", teve de forma definitiva o merecido reconhecimento de sua
incrível capacidade de encantar o torcedor. Em toda sua carreira jogou apenas
no Botafogo e, além do Glorioso, a única camisa que usou foi a da Seleção
Brasileira. No Botafogo, disputou 723 partidas, e marcando 11 gols. Na Seleção,
fez 84 jogos, marcando 3 gols. Segurança na marcação era uma de suas virtudes.
Com sua dinâmica de jogo, tornou-se o precursor dos laterais que buscavam o
ataque, tendo marcado um gol na Copa de 1958, contra a Áustria, fato raro na
época em que lateral era apenas marcador de ponta. Se taticamente tinha sua
importância para o esquema do Botafogo e da Seleção, foi fora de campo que
marcou um de seus mais belos gols: quando, após enfrentar Mané Garrincha num
treino, Nilton praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido
ponta-direita.
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