A Fiat decidiu parar de produzir o “velho Uno”, hoje
conhecido como Mille. Quem garante é o site Automotive Business que crava até o
nome da versão de despedida do modelo: “Grazie Mille”, ou “Obrigado, Mille”, em
português.
Lançado no Brasil em 1984 com várias inovações
tecnológicas, o Uno emplacou para valer no início da década de 1990 quando a
Fiat criou a versão Mille, com motor 1.0 que se enquadrava na, então,
recém-criada categoria dos populares. Mas mesmo com um projeto moderno para
época, o Mille não se adequou a dois equipamentos de segurança, o airbag e os
freios com ABS.
Com a proibição de venda de veículos novos sem os dois
itens a partir de 2014, a Fiat tem duas alternativas: adaptar o modelo ou pôr
fim a sua carreira. Segundo o site, falou mais alto o custo de adaptação, que é
alto, e a saída é rebaixar o Palio Fire para condição de modelo mais barato da
marca.
Minoria
Consultada, a assessoria de imprensa da Fiat negou que
exista uma decisão tomada. “O encerramento da produção do Mille é uma das
alternativas estudadas, mas não a única”, explicou a empresa.
Mas tudo indica que o fim do Mille é mesmo a saída mais
provável. Hoje o “velho” Uno responde por apenas 30% das vendas mesmo sendo bem
mais barato que o “novo” Uno. Parece provável que a Fiat vá usar o Palio Fire
como estepe do Mille até que o inédito compacto de baixo custo esteja pronto
para produção, o que deve ocorrer em 2015.
Caso venha a ser confirmada, a aposentadoria do Mille
reduzirá ainda mais a lista de veículos datados que ainda rodam no Brasil. A
Kombi, por exemplo, já teve o fim anunciado, assim como a picape Courier. O
próximo candidato deverá ser o Gol G4, que ainda utilizar parte da arquitetura
do primeiro modelo, lançado em 1980. Talvez o nome da versão de despedida do
Mille resuma bem a situação desses carros, que cumpriram seu papel, mas há
tempos esperam pela merecida aposentadoria.
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