O nome de nascimento de Mandela – Rolihlahla – tem origem
na língua Xhosa e significa “aquele que ergue o galho da árvore”.
Coloquialmente, também significa “encrenqueiro”. Seu nome em inglês, Nelson,
foi dado por uma professora.
Mandela foi expulso da Universidade de Fort Hare após se
juntar a uma manifestação estudantil. Mais tarde, ele completou o ensino
superior na Unisa (Universidade da África do Sul), se formando em Direito.
Ele fugiu do Cabo Oriental para Johanesburgo após
Jongintaba Dalindyebo, líder do povo Tembu, tentar arrastá-lo para um casamento
arranjado. Após chegar à cidade, ele encontrou trabalho como vigia noturno de
uma mina.
Mandela viveu na township de Alexandra em princípio, mas
depois se mudou para a casa do amigo Walter Sisulu e da mãe dele em Orlando,
Soweto.
A primeira esposa de Mandela, Evelyn Mase, era enfermeira
e prima de Sisulu. Ela sustentava a família e também apoiou Mandela enquanto
ele estudava Direito e se envolvia cada vez na política. Eles tiveram quatro
filhos e se divorciaram em 1958.
Ele não só foi o primeiro comandante-em-chefe do braço
armado do CNA (Congresso Nacional Africano), como também, junto com Oliver
Tambo, co-fundou ao primeiro escritório de advocacia negro, Mandela &
Tambo, que defendia pessoas afetadas pelas leis do apartheid
Em 1962, ele saiu do país para angariar apoio para a luta
armada. Durante esse tempo, ele recebeu treinamento de guerrilha no Marrocos e
na Etiópia.
As circunstância em torno de sua prisão em uma blitz
policial nos arredores de Howick naquele ano permanecem sem explicação, mas há
a tese de que um agente da CIA avisou sobre sua movimentação. Em seguida,
Mandela foi condenado à prisão perpétua e passou 27 anos na cadeia.
Durante o tempo que passou na prisão, Mandela permaneceu
em uma cela de 2m x 2.5m, onde havia um colchonete no chão e um balde para as
necessidades. Ele foi obrigado a trabalhar em uma pedreira de calcário e, no
início, podia receber somente uma visita e uma carta a cada seis meses.
O governo do apartheid ofereceu soltar Mandela por seis
vezes, mas ele se recusou. Em uma das ocasiões, ele soltou um comunicado onde
disse: “Eu me preocupo com a minha própria liberdade, mas eu me preocupo ainda
mais com a de vocês. Que tipo de liberdade me está sendo oferecida enquanto a
organização do povo [o CNA] permanece banida?”
Mandela escreveu um livro de memórias nos anos 1970,
cujas cópias foram embrulhadas em plástico e enterradas em uma horta que ele
mantinha na prisão. Ele esperava que seu companheiro de cadeia Mac Maharaj, que
estava prestes a ser libertado, conseguiria contrabandear os textos. Porém, as
autoridades carcerárias descobriram os papéis quando começaram a construir um
muro. Como punição, a permissão de estudar foi tirada de Mandela.
Após se separar da segunda esposa, Winnie
Madikizela-Mandela, ele perguntou à ativista Amina Cachalia (foto à esquerda), com quem mantinha
um antigo relacionamento, se queria se casar, mas ela disse “não”. Em seu 80º
aniversário, Mandela se casou com Graça Machel, viúva do presidente moçambicano
Samora Machel.
O CNA foi classificada como organização terrorista pelo
governo do apartheid, sendo depois acompanhado pelos governos dos Estados
Unidos e Reino Unido. Somente em 2008 os EUA finalmente retiraram Mandela e
outros membros do CAN da lista de terroristas.
A ONU (Organização das Nações Unidas) declarou 18 de
julho, data do aniversário dele, Dia Internacional Nelson Mandela. Foi a
primeira vez que as Nações Unidas dedicaram uma data em particular a uma
pessoa.
Centenas de prêmios e honras foram entregues a Mandela.
Dentre elas, a de cidadão honorário do Canadá, membro honorário do Partido
Trabalhista britânico e membro honorário do time de futebol Manchester United.
Ele também dá nome a uma partícula nuclear, a um pica-pau pré-histórico
(Australopicus nelsonmandelai) e a uma orquídea (Paravanda Nelson Mandela).
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