O município de Pedra Preta, a 115 quilômetros de Natal,
decidiu pelo decreto de emergência devido à série de abalos sísmicos que vem
atingindo a cidade desde o fim de outubro e casou danos a pelo menos 42
imóveis. A decisão foi confirmada onem pelo vice-prefeito Guilherme Bandeira.
Apesar de decidido o decreto de emergência ainda não está formalizado por
questões burocráticas.
“Não está oficial porque o decreto precisa ser feito por um programa específico
da Defesa Civil do Estado e tivemos um problema, mas que já estamos resolvendo.
Até amanhã de manhã, no máximo, deve ser decretado”, afirmou.
Além do decreto, no próximo dia 10 o prefeito e o
vice-prefeito de Pedra Preta vão a Brasília para se encontrar com o presidente
da Câmara, Henrique Eduardo Alves, com quem conversam sobre o assunto. Os
representantes do Executivo municipal também devem se reunir com a Secretaria
Nacional de Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração. Segundo o
prefeito Luiz Antônio Bandeira, o objetivo do encontro é conseguir verba para
custear os reparos necessários aos imóveis da cidade.
Guilherme Bandeira, também coordenador da Defesa Civil do município, afirma que
no levantamento feito pelo órgão está especificada a situação das instalações
da cidade (casas, escolas, quadras de esportes, posto de saúde) e foi um dos
documentos considerados para embasar o decreto de emergência. Pelo levantamento,
são necessários R$ 1,2 milhão para as obras de recuperação e reforço em Pedra
Preta. Para começar esses serviços, o coordenador da Defesa Civil disse que
ainda não há um prazo definido, mas que essa data deve ser especificada após a
viagem a Brasília.
O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(LabSis/UFRN) acompanha a atividade sísmica do estado e vêm acompanhando de
perto a situação de Pedra Preta. Segundo o professor Joaquim Ferreira, do
laboratório, está sendo feito um levantamento de dados para comparar o
epicentro dos abalos registrados em 2010 e a sequência deste ano.
No fim de outubro deste ano, uma série de abalos teve início com registros
praticamente diários de atividade sísmica. O que chama a atenção de geofísicos
do LabSis é, além da frequência, o número de tremores percebidos pela
população.
Além da percepção, os abalos causaram danos estruturais
em casas e outros imóveis do município, confirmados por laudos elaborados pelo
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) e
pelas Defesas Civis do Estado e do Município.
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