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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PEDRA PRETA - Prefeito decreta estado de emergência hoje

O município de Pedra Preta, a 115 quilômetros de Natal, decidiu pelo decreto de emergência devido à série de abalos sísmicos que vem atingindo a cidade desde o fim de outubro e casou danos a pelo menos 42 imóveis. A decisão foi confirmada onem pelo vice-prefeito Guilherme Bandeira. Apesar de decidido o decreto de emergência ainda não está formalizado por questões burocráticas. 

“Não está oficial porque o decreto precisa ser feito por um programa específico da Defesa Civil do Estado e tivemos um problema, mas que já estamos resolvendo. Até amanhã de manhã, no máximo, deve ser decretado”, afirmou. 


Além do decreto, no próximo dia 10 o prefeito e o vice-prefeito de Pedra Preta vão a Brasília para se encontrar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, com quem conversam sobre o assunto. Os representantes do Executivo municipal também devem se reunir com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração. Segundo o prefeito Luiz Antônio Bandeira, o objetivo do encontro é conseguir verba para custear os reparos necessários aos imóveis da cidade.

Guilherme Bandeira, também coordenador da Defesa Civil do município, afirma que no levantamento feito pelo órgão está especificada a situação das instalações da cidade (casas, escolas, quadras de esportes, posto de saúde) e foi um dos documentos considerados para embasar o decreto de emergência. Pelo levantamento, são necessários R$ 1,2 milhão para as obras de recuperação e reforço em Pedra Preta. Para começar esses serviços, o coordenador da Defesa Civil disse que ainda não há um prazo definido, mas que essa data deve ser especificada após a viagem a Brasília.

O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) acompanha a atividade sísmica do estado e vêm acompanhando de perto a situação de Pedra Preta. Segundo o professor Joaquim Ferreira, do laboratório, está sendo feito um levantamento de dados para comparar o epicentro dos abalos registrados em 2010 e a sequência deste ano.

No fim de outubro deste ano, uma série de abalos teve início com registros praticamente diários de atividade sísmica. O que chama a atenção de geofísicos do LabSis é, além da frequência, o número de tremores percebidos pela população.



Além da percepção, os abalos causaram danos estruturais em casas e outros imóveis do município, confirmados por laudos elaborados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) e pelas Defesas Civis do Estado e do Município.

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