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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SAÚDE - Em fevereiro, teste rápido de HIV deverá ser vendido em farmácias

Para facilitar o diagnóstico de HIV e antecipar o tratamento de pessoas que podem desenvolver a aids, o Ministério da Saúde deve autorizar, a partir de fevereiro de 2014, a venda em farmácias de um teste rápido para detectar o vírus. Produzido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o exame é feito em 20 minutos com coleta de saliva pela própria pessoa, e deverá custar R$ 8.

A informação foi confirmada por Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do ministério no Rio de Janeiro. Na ocasião, o governo federal anunciou a antecipação do tratamento para pessoas com o HIV. Antes, somente pacientes com a doença desenvolvida recebiam medicamentos.

De acordo com o diretor, o teste tem duas vantagens. “Uma delas é a confidencialidade. A pessoa vai à farmácia, pega o teste e faz em casa, sem precisar ver um agente de saúde e dividir isso com ninguém. A segunda vantagem é a rapidez. Não tem fila, não precisa ir ao posto, não precisa esperar o tempo que leva [para sair] o resultado de um exame normal”.

Ao disponibilizar o teste rápido de HIV, vendido na internet por um laboratório americano por cerca de R$ 160, o ministério pretender iniciar o tratamento mais cedo e melhorar a qualidade de vida de pessoas com HIV, além de reduzir em cerca de 96% o risco de contágio, principalmente para parceiros fixos ou durante a gestação, quando o vírus pode passar da mãe para o bebê.

Dados do ministério apontam que cerca de 150 mil pessoas de um total estimado de 700 mil com a doença não sabem que têm o vírus. No Brasil, embora a prevalência de pessoas convivendo com o vírus seja considerada baixa para o conjunto da população (0,4%), a infecção é alta entre meninas de 14 a 19 anos e entre meninos gays.

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